Se você está à procura de um filme que mistura sensibilidade, poesia e uma boa dose de nostalgia, “Uma Parede Entre Nós”, novo romance da Netflix dirigido por Patricia Font, é a escolha certa. Com uma atmosfera que lembra o charme de “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” e a sutileza do argentino “Medianeras”, esta produção espanhola é um verdadeiro sopro de frescor nos romances contemporâneos.
A história gira em torno de Valentina (Aitana Ocaña), uma talentosa pianista que tenta reconstruir sua vida após sair de um relacionamento abusivo com Óscar (Miguel Ángel Muñoz), um maestro controlador. Mudando-se para um novo apartamento com o incentivo da prima Carmem (Natalia Rodríguez), ela se depara com um vizinho tão reservado quanto irritadiço: David (Fernando Gullar), um engenheiro que há anos vive recluso devido a um trauma.
Embora divididos por uma parede, Valentina e David descobrem que o barulho constante do cotidiano do outro, inicialmente motivo de atritos, torna-se o fio que os conecta. Entre diálogos trocados através da barreira física e momentos de tensão que evoluem para cumplicidade, os dois embarcam em uma jornada inesperada de autodescoberta e superação.
Segundo a crítica da Revista Bula, o filme não se limita a ser apenas uma história de amor; ele aborda temas como a solidão, a resiliência e os desafios de criar conexões genuínas em um mundo cada vez mais fragmentado.
A direção de Font é impecável ao equilibrar o humor leve com cenas profundamente tocantes. O charme retrô, com inspirações que remetem a clássicos dos anos 1980 e 1990, adiciona um toque nostálgico irresistível à narrativa.
“Uma Parede Entre Nós” é aquele tipo de filme que aquece o coração sem apelar para clichês exagerados. É uma celebração das pequenas coisas: os ruídos da vida, as conversas inesperadas e o poder de se abrir para o novo. Se você acredita no amor que atravessa barreiras, literalmente e metaforicamente, não deixe de conferir essa obra encantadora.