O caso envolvendo a advogada Eluciana Cardoso e a bancária Jeniffer Castro, em um voo entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte, continua repercutindo nas redes sociais e na mídia. A confusão começou com a recusa de Jeniffer em trocar de assento com uma criança e acabou viralizando após Eluciana gravar e divulgar um vídeo que gerou intensos debates.
Em entrevista ao programa Fantástico, Eluciana chorou ao relembrar o episódio e pediu desculpas às partes envolvidas. “Eu perdi totalmente o controle. Foi como se eu estivesse fora de mim. Meu coração disparou, e a indiferença que eu senti me levou a agir impulsivamente”, relatou. A advogada também reconheceu que sua atitude causou dor a todos os envolvidos e afirmou que se arrepende de ter perdido o equilíbrio emocional.
A origem do conflito
O incidente começou quando Jeniffer chegou ao seu lugar no avião e encontrou uma criança sentada em sua poltrona. Após pedir que o menino se retirasse, ele começou a chorar, gerando comoção entre alguns passageiros. O desejo da criança era permanecer ao lado da avó, que estava sentada na poltrona ao lado de Jeniffer.
Segundo Eluciana, a atitude da bancária, de não ceder o lugar, foi vista como falta de empatia. No vídeo que gravou e publicou, a advogada fez comentários que foram interpretados como constrangedores: “Perguntei se ela tinha alguma síndrome, alguma coisa. Se tivesse, a gente entenderia. Você não tem empatia com as pessoas”, disse Eluciana na gravação.
Apesar das críticas feitas por Eluciana, a postura de Jeniffer acabou ganhando apoio nas redes sociais. A maioria dos internautas defendeu que a bancária não tinha obrigação de trocar de lugar. Comentários como “Ela pagou pelo assento e não precisa ceder” e “Seu filho só é especial para você” resumem o tom das mensagens.
O outro lado: medo e exposição
Jeniffer Castro, que foi exposta no vídeo, relatou sua versão no programa Encontro, com Patrícia Poeta. A bancária afirmou que tentou manter a calma durante o incidente, mas ficou abalada com a repercussão. “Quando percebi que estava sendo gravada, só perguntei se era mesmo o que ela estava fazendo. Decidi não responder para evitar piorar a situação”, explicou.
Desde então, Jeniffer tem lidado com uma avalanche de seguidores nas redes sociais – mais de 2,3 milhões em poucos dias –, mas também com mensagens ofensivas e preocupações com sua segurança. “É assustador pensar que alguém possa me fazer mal ou à minha família. Não é fácil lidar com isso”, desabafou.
Jeniffer também contou que, ao desembarcar, a mãe da criança voltou a hostilizá-la: “Quando fui pegar a mala, ela me chamou de imbecil. Foi humilhante”. A bancária disse que está tomando providências legais contra a exposição e os insultos recebidos.
a mãe começou a gravar a mulher sentada no avião só porque o filho dela ficou esperneando querendo sentar na janela e a moça no seu direito não deu o lugar, daí a mãe do menino achou de bom tom filmar a moça durante o voo… é cada uma!! pic.twitter.com/reauLIkNUL
— matheus (@whomath) December 4, 2024
Regras e responsabilidade
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), passageiros só são obrigados a trocar de assento em situações que envolvam questões de segurança operacional, como as saídas de emergência. Assim, Jeniffer estava dentro do seu direito ao manter seu lugar.
A companhia aérea envolvida foi criticada por não intervir no episódio. Jeniffer afirmou que tentou contato com a empresa após o voo, mas não recebeu o suporte esperado.