O lendário jornalista Cid Moreira, ícone da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira, 3, aos 97 anos. Cid, conhecido por sua voz marcante e pelo pioneirismo no telejornalismo, faleceu em Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, onde estava internado para tratar um quadro de pneumonia. De acordo com o hospital, a causa da morte foi falência múltipla de órgãos.
Sua esposa, Fátima Sampaio contou que o jornalista enfrentava problemas nos rins desde 2022 e precisou se submeter a sessões de diálise com frequência. Para facilitar o tratamento, ele se mudou para uma área próxima ao hospital, mas com o tempo passou a realizar o procedimento em casa, com o auxílio da família e da equipe médica.
Seu último desejo
Fátima também revelou que o último desejo do ex-apresentador era ser enterrado em Taubaté, cidade onde nasceu, localizada no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. “Ele quer ser enterrado em Taubaté, para ficar perto da primeira esposa, da filha que foi, do neto que foi”, disse Fátima durante entrevista ao programa Encontro, da TV Globo.
Apesar de seu profundo carinho por Petrópolis, onde viveu por muitos anos, Fátima ponderou sobre os planos de despedida. “Pensei ‘Ele ama Petrópolis’, e então fazer uma despedida em Petrópolis antes, fazer uma despedida no Rio”, acrescentou ela, indicando que o legado de Cid será celebrado em locais importantes para ele.
Cid Moreira foi um dos principais nomes do jornalismo brasileiro, tendo marcado a história da televisão ao ser o primeiro apresentador do Jornal Nacional. Ele esteve à frente do noticiário por quase três décadas, participando de aproximadamente 8 mil edições entre 1969 e 1996, conforme o Memória Globo.
O jornalista será lembrado não apenas por sua carreira brilhante, mas também pelo legado pessoal e os valores que manteve até seus últimos dias.