A nova série da Netflix Monstros – Irmãos Menéndez: Assassinos dos Pais rapidamente se tornou um dos programas mais assistidos na plataforma desde sua estreia. A produção aborda o trágico caso de Lyle e Erik Menéndez, condenados à prisão perpétua pelo assassinato de seus pais, José e Kitty Menéndez, em 1989. No entanto, a série está gerando polêmica, especialmente entre os próprios irmãos.
Segundo a BBC, Erik Menéndez, por meio de uma carta divulgada pela sua esposa no X (antigo Twitter), expressou duras críticas à produção. “Eu achava que as mentiras e as representações tendenciosas que recriavam Lyle eram coisa do passado”, escreveu Erik. Ele chamou a série de uma “calúnia desalentadora” e acusou o criador Ryan Murphy de distorcer fatos importantes do caso. “Só posso acreditar que fizeram isso de propósito”, afirmou, ressaltando que o diretor teria agido de má fé ao retratar os irmãos.
Os irmãos Menéndez, que alegam terem agido em legítima defesa após anos de abusos físicos e emocionais por parte dos pais, foram condenados por parricídio. O Ministério Público, no entanto, sustentou que o crime foi motivado pelo desejo de obter a herança milionária dos pais. Na carta, Erik também lamentou o retrato dos eventos na série, afirmando que “a representação desonesta da Netflix das tragédias que cercam nosso crime fez com que as dolorosas verdades retrocedessem vários passos no tempo”.
O criador da série, Ryan Murphy, se defendeu em entrevista à Entertainment Tonight, afirmando que a produção dá espaço para que os irmãos contem sua versão dos eventos. “Acho interessante que tenham feito uma declaração sem ter assistido ao programa”, declarou Murphy, destacando que entre “60-65% da nossa série se concentra no abuso e no que eles afirmam que aconteceu”. Contudo, Murphy também explicou que a produção buscou apresentar diferentes perspectivas, incluindo o ponto de vista dos pais. “Como narradores, tínhamos a obrigação de tentar incluir sua perspectiva a partir da nossa pesquisa”, defendeu o diretor.