Uma família passou por uma experiência de alívio e tristeza após embarcar por engano no avião que caiu em Vinhedo, interior de São Paulo, nesta terça-feira (12). Fernando Morais, sua esposa e o filho de um ano estavam no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, tentando embarcar para Rio Verde, em Goiás, quando, devido a uma falha no sistema da VOEPASS, acabaram entrando na aeronave errada, que seguia para Cascavel, no Paraná.
Morais relatou que, assim que embarcaram, notaram que havia outro passageiro sentado no assento indicado em seu bilhete, mas não viram problemas e logo procuraram outro lugar na aeronave. No entanto, pouco antes da decolagem, o homem ouviu a conversa de outro passageiro com uma comissária de bordo e percebeu que estavam no voo errado.
A tripulação prontamente iniciou o processo para que a família pudesse desembarcar e embarcar no voo correto. “As comissárias Débora e a Rubia, que faleceram, elas ficaram com a gente durante todo esse tempo, nesse trâmite de aguardar chegar o transporte, ajudaram a gente com as malas, com o Benício [filho do casal]”, afirmou Fernando Morais. Débora Soper Ávila, uma das comissárias que ajudou a família, estava entre as vítimas fatais do acidente.
O voo 2283, que fazia a rota Cascavel-Guarulhos, caiu logo após a decolagem, deixando um saldo trágico de vítimas. “O rosto dela não sai da minha cabeça, ajudou muito a gente ali”, lamentou Morais ao se referir à comissária Débora. O homem ainda revelou que o carrinho de bebê do filho foi despachado no voo errado e agora consta como extraviado. “Acredito que o objeto pode ter ficado dentro do avião que se acidentou”, disse ele.
Visivelmente emocionado, Fernando expressou sua gratidão e tristeza pela tragédia. “Não tenho palavras para agradecer e também deixar minha solidariedade, meus sentimentos, a todos os familiares porque foi muito triste. A gente conviveu com esse pessoal pelo menos um pouquinho hoje de manhã e estava todo mundo feliz e bem”, completou.
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Esse caso é realmente impactante e deixa a gente pensando sobre como a vida pode mudar em questão de minutos. Por um lado, dá um alívio saber que a família conseguiu desembarcar a tempo, mas, ao mesmo tempo, é impossível não sentir tristeza pelas comissárias que os ajudaram e acabaram perdendo a vida. É uma mistura de sentimentos bem complexa. Fico me perguntando: como será que a família está lidando com tudo isso agora?