O laudo da perícia do Instituto Médico Legal (IML) revelou a causa da morte do idoso Paulo Roberto Braga, levado por sua sobrinha, Érika de Souza, a um banco na última terça-feira (16/4), quando já estava sem vida. De acordo com os peritos, a causa do óbito foi broncoaspiração e falência cardíaca. No entanto, a Polícia Civil aguarda o resultado do exame toxicológico para descartar a possibilidade de envenenamento.
Segundo o relatório da perícia, o idoso Paulo Roberto Braga era “previamente doente, com necessidades de cuidados especiais”, o que pode ter contribuído para o desfecho fatal. Ainda assim, os peritos ressaltam a importância do exame toxicológico para determinar se houve influência de substâncias externas no ocorrido. Uma amostra de sangue do estômago do falecido foi coletada para esse fim.
Segundo o portal Metrópoles, o prontuário médico de Paulo Roberto Braga, referente ao período de 8 a 15 de abril, aponta um quadro de pneumonia e taquicardia, além de dependência de oxigênio e dificuldade para engolir. Esses dados, segundo a perícia, corroboram com os achados da necropsia, indicando desnutrição e broncoaspiração como fatores relevantes. A presença de uma cardiopatia prévia também foi mencionada como favorável ao desencadeamento da falência cardíaca.
Érika de Souza foi detida após tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil em nome de seu tio já falecido, em uma agência bancária em Bangu, Rio de Janeiro. Enquanto tentava realizar a transação, a sobrinha segurava a mão do cadáver, tentando passar a imagem de que o idoso ainda estava vivo. “Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. […] Ele não diz nada, ele é assim mesmo”, afirmou Érika à atendente do banco, que prontamente percebeu a situação: “Ele não está bem”.
A defesa de Érika de Souza sustenta que ela levou seu tio ainda com vida para o banco, negando qualquer irregularidade no caso. No entanto, a Polícia Civil rejeitou essa versão, continuando a investigação sobre as circunstâncias que envolvem a morte do idoso e a tentativa de fraude bancária.