Robô da Nasa descobre possíveis sinais de fósseis em Marte

Mil dias após a sua chegada, o robô Perseverance, da Nasa, revela descobertas extraordinárias nas rochas marcianas, fornecendo pistas fascinantes sobre a história antiga de Marte.

O explorador de seis rodas atingiu um marco significativo em sua missão em Marte, ao encontrar vestígios sugestivos de fósseis em rochas que há muito tempo foram submersas nas águas de um antigo lago marciano, localizado dentro da cratera Jezero. A descoberta foi anunciada durante a conferência da União de Geofísicos Americanos, em San Francisco, nos Estados Unidos.

“Escolhemos a cratera Jezero como local de pouso porque o lago que um dia o preenchia era um ambiente potencialmente habitável, e as rochas do delta do rio são um excelente local para procurar sinais de vida antiga, como fósseis”, explicou Ken Farley, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.

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Foto ilustrativa: Pixabay

A história remonta a quase 4 bilhões de anos, quando o impacto de um asteroide formou a cratera Jezero. Ao longo de centenas de milhões de anos, a área testemunhou a chegada de um rio, depositando areia, lama e pedras ricas em sal que marcaram o surgimento de um lago raso.

De acordo com os dados coletados pelo Perseverance, o lago teria crescido até atingir impressionantes 35 quilômetros de diâmetro e 30 metros de profundidade.

As 23 amostras coletadas pelo robô foram armazenadas em tubos metálicos especiais e estão destinadas a serem trazidas de volta à Terra por uma futura missão conjunta da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA).

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Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS

Entre as descobertas mais notáveis está uma amostra de rocha que contém grandes quantidades de sílica, um material conhecido por suas propriedades de preservação de fósseis, pelo menos na Terra. “É o tipo de ambiente onde, na Terra, os restos da vida antiga poderiam ser preservados e depois encontrados”, afirmou Morgan Cable, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.

Outra amostra revelou a presença de fosfato, uma molécula fundamental para a vida como a conhecemos, enquanto ambas as amostras são ricas em carbonato, mineral que se forma em ambientes aquáticos e favorece a preservação de possíveis moléculas orgânicas.

À medida que o Perseverance continua a revelar os segredos do passado marciano, a expectativa cresce quanto às implicações dessas descobertas para a busca da vida extraterrestre. A próxima fase da exploração está agora voltada para a análise detalhada dessas amostras que podem reescrever a narrativa da existência de vida em Marte.

Com informações de Época Negócios



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