Esse acidente chamou a atenção global para a Colômbia. Um avião Cessna 206 sofreu uma falha no motor, caiu e desapareceu dos radares enquanto voava entre a região de Araracuara, na divisa entre Caquetá e Amazonas, e San José del Guaviare, segundo a Euronews.
As quatro crianças estavam a bordo da aeronave junto com três adultos, que infelizmente não sobreviveram. As crianças foram identificadas como Lesly Jacobombaire Mucutuy, de 13 anos, Soleiny Jacobombaire Mucutuy, de 9 anos, Tien Ranoque Mucutuy, de 4 anos, e Cristin Ranoque Mucutuy, um bebê de apenas 11 meses. Elas conseguiram sair com vida do acidente, mas acabaram desaparecidas dentro da floresta.
A área era bastante chuvosa e densa, o que dificultou as operações de busca que envolveram mais de 100 militares, três cães rastreadores e cerca de 70 exploradores indígenas, de acordo com a CNN.
No entanto, graças à orientação do cãozinho farejador chamado Wilson, as Forças Especiais encontraram o que parecia ser um abrigo improvisado feito com paus e ramos. Durante as operações de busca, o cão desapareceu, levando os militares a acreditar que ele havia encontrado as crianças.
Felizmente, as Forças Armadas encontraram as crianças, que estavam desnutridas, desidratadas e com picadas de mosquito, conforme relatado pelo El País. Apesar das condições adversas, conseguiram sobreviver por 40 dias na selva sem a ajuda de adultos. No entanto, Wilson não estava com eles.
Após o resgate, as crianças receberam atendimento de urgência no Hospital Militar de Bogotá. Durante o processo, Lesly e Soleiny fizeram desenhos e os entregaram ao comandante das Forças Armadas, General Helder Fernan Giraldo Bonilla, que estava presente no hospital.
Conforme relatado pelo El Tiempo, Lesly e Soleiny pediram que seus desenhos fossem entregues ao guia e amigo de Wilson. Em um dos desenhos, é possível ver o cachorrinho retratado, confirmando sua presença em algum momento durante a provação vivida pelas crianças.
As crianças também mencionaram que ouviram as mensagens de sua avó em Huitoto, nas quais ela dizia que, se vissem um cão por perto, não deveriam ter medo, pois ele estava ajudando-os junto com as Forças Armadas.
Com informações de UPSOCL