A influenciadora Ana Lígia Canieto, conhecida por seus vídeos no TikTok, recentemente confessou em um de seus vídeos que já passou cinco dias sem trocar o absorvente menstrual por gostar do “cheiro de peixe”.
No momento em que gravou o relato, Ana já estava há quatro dias sem trocar o absorvente.
“E está do jeito que eu gosto. Tem um cheiro de peixe, com cheiro da mort* […]. É uma combinação de odores, e eu gosto. Por isso eu deixo por cinco dias, quatro dias, porque a sujeira se acumula”, afirmou ela.
A mulher ainda acrescentou que o odor se assemelha a “um cheiro de esgoto, com peixe, com sardinha”.
De acordo com Ana, ela utilizava anticoncepcionais há cerca de sete ou oito anos e parou recentemente. O medicamento reduziu seu fluxo menstrual e tornou o sangue semelhante a “borra de café” (um efeito colateral comum do remédio), o que a “possibilitou” a ficar dias sem trocar o absorvente.
@analigiacanieto_ Respondendo a @fica hobi😭 Desculpem, nao tomei meus remedios hoje #fy #fyp #fypシ #vaiprofycaramba #viral ♬ som original – Ana Lígia Canieto
No entanto, a ginecologista e obstetra Carolina Ambro, médica credenciada da Omint Saúde e mestre em ciências pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), adverte que essa prática pode acarretar sérios riscos à saúde.
O próprio cheiro descrito pela influenciadora deve ser considerado um alerta. “O cheiro não está relacionado ao uso do anticoncepcional. Provavelmente, ela está com uma infecção vaginal chamada vaginose bacteriana, que libera esse odor de peixe podre. A vaginose bacteriana é uma infecção interna do organismo, não é algo que a pessoa tenha contraído de alguém. As bactérias Gardnerella, que causam esse quadro, fazem parte da flora vaginal e podem se proliferar quando há um desequilíbrio do pH”, explicou a especialista.
Quando não há cuidado adequado, essa condição pode piorar. Além disso, ao deixar de trocar o absorvente por um período prolongado, a proliferação de bactérias anaeróbicas é facilitada, intensificando o odor e aumentando o risco de uma infecção pélvica.
Com informações de R7