Bernardo e Arthur Lima são gêmeos siameses de 3 anos que recentemente tiveram a ajuda da realidade virtual para que sua separação acontecesse.
De acordo com a BBC, os meninos passaram por sete cirurgias durante 27 horas no Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, no Rio de Janeiro (RJ). Eles foram acompanhados por especialistas do hospital Great Ormond Street, de Londres, no Reino Unido.
Foram meses para que diversas técnicas fossem testadas e, para que isso fosse possível, diversos modelos em 3D dos gêmeos foram feitos em ambiente de realidade virtual, com base em tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas.
O cirurgião Noor ul Owase Jeelani relatou que, para ele, a experiência foi “coisa da era espacial”. A separação de Bernardo e Arthur foi uma das mais complexas já concluídas de acordo com a instituição de caridade Gemini Untwined, financiadora da operação e que foi fundada por Jeelani em 2018.
“É realmente importante ver a anatomia e simular a cirurgia antes de colocar as crianças em risco. Imagine como isso é reconfortante para os cirurgiões. De certa forma, essas operações são consideradas as mais difíceis do nosso tempo, e simulá-las em realidade virtual realmente é coisa de ‘homem em Marte’”, comentaou o cirurgião britânico,.
Jeelani também contou que ficou “totalmente esgotado” após a operação de 27 horas, fazendo apenas quatro pausas de 15 minutos para comer e beber água, mas conta que foi “maravilhoso” ver a família se sentindo extasiada com o resultado.
Além disso, ele acrescentou que, como em todos os gêmeos siameses após a separação, a pressão arterial e os batimentos cardíacos dos meninos estavam elevados.
As crianças se reencontraram depois de quatro dias e se tocaram pelas mãos. Agora, Bernardo e Arthur estão se recuperando bem no hospital e serão monitorados por seis meses durante a reabilitação.
De acordo com a BBC, eles são os gêmeos craniópagos, que nasceram com cérebros unidos mais velhos a se separarem.
Com informações de Trends Br
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