Talibã proíbe mulheres na Universidade de Cabul: ‘Islã primeiro’

Mohammad Ashraf Ghaira é reitor da Universidade de Cabul, no Afeganistão, e fez um anúncio nesta segunda-feira (27) que mulheres e professoras serão proibidas nos cursos da instituição.

Aos seus 34 anos, o reitor faz parte do Talibã, grupo que tem nomeado religiosos fervorosos como líderes de instituições de ensino.

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Foto: REUTERS/Omar Sobhan

“Eu dou a vocês minha palavra como reitor da Universidade de Cabul, enquanto não houver um ambiente realmente islâmico para todos, não será permitido às mulheres vir à universidade ou trabalhar. Islã primeiro”, escreveu Ghairat em uma rede social.

No mês de agosto, o Talibã tomou o poder do Afeganistão e até então, os líderes do regime haviam dito que as mulheres poderiam estudar, mas desde que não fosse na mesma sala dos homens.

Entre os anos de 1996 e 2001, o grupo extremista tinham o poder, e, naquela época as mulheres não podiam estudar —elas não podiam nem mesmo andar em público se não estivessem acompanhadas de um parente homem.

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Mulheres afegãs estudam em Cabul durante o governo comunista, nos anos 1980 Foto: AFP

Segundo o jornal “The New York Times”, as funcionárias da Universidade de Cabul reclamaram da nova regra. Elas dizem que o Talibã não tem o monopólio da interpretação da fé islâmica.

Composto inteiramente por homens, o novo governo proibiu as mulheres de voltarem ao trabalho. O grupo afirmou que  se trata de uma proibição temporária, por motivos de segurança.

 

Com informações de G1



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