O grupo chamado “Sonhadoras Afegãs” reúne cerca de 50 jovens mulheres do Ensino Médio e desde de 2017 participa da Equipe de Robótica para Meninas Afegãs.
A iniciativa é do Digital Citizen Fund, que tem como objetivo empoderar mulheres do Afeganistão por meio do ensino da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.
Entre as estudantes que fazem parte do projeto, estão Somaya Faruqi, Ayda Hayderpoor, Elham Mansoori, Florance Pouya e Diana Wahabzada, cinco jovens com idade entre 15 e 19 anos.
Com o desenrolar da pandemia, elas resolveram partir para a ação e criar ventilador pulmonar de baixo custo para ajudar pacientes vítimas da COVID-19 no Afeganistão.
Mesmo não possuindo muita oferta de materiais, as meninas improvisaram o equipamento reaproveitando peças de carros, motos e máquinas descartadas pela indústria e que teriam o aterro sanitário como destino final.
O resultado foi um dispositivo que, por enquanto, não substitui um ventilador profissional, mas pode ser usado como um pré-tratamento. Além de aumentar as chances de vida daqueles que estão na fila de espera nos hospitais para o uso de ventiladores pulmonares.
O Afeganistão era um dos países com menor taxa de vacinação contra a Covid-19. Agora, com a situação política do país e com a tomada do Talibã, as expectativas são de que a situação piore ainda mais. O movimento já proibiu a vacinação em uma das províncias do país e com certeza é uma ameaça para a Equipe de Robótica para Meninas Afegãs.
Mas Faruqi, Hayderpoor, Mansoori, Pouya e Wahabzada marcaram presença e representaram muito bem seu país. Elas foram destaque na lista Under 30 da Forbes desse ano.
O ventilador, fruto da pesquisa das meninas está em fase final de testes e, assim que aprovado, deve ser incorporado ao tratamento dos casos de COVID-19 no país, que não param de aumentar desde o fim de maio.
Com informações de The Greenest Post