Uma jovem estudante de 17 anos criou uma sutura feita à base de beterraba que muda de cor para alertar sobre possíveis infecções após cirurgias e machucados não cicatrizados.
Graças à essa invenção, Dasia Taylor chegou entre os 40 finalistas do prêmio Regeneron Science Talent Search Nacional, de 2021. A descoberta já lhe rendeu uma quantia de 25 mil dólares, cerca de 150 mil reais, na atual cotação.
A ideia inicial de Dasia era ajudar pacientes cirúrgicos da África, continente em que nasceu, a detectar infecções que podem se tornar mais graves, já que lá é onde tem as maiores taxas de infecção pós-cirúrgica do mundo devido às condições precárias.
O projeto da jovem começou em 2019, durante as aulas de química na Iowa City West High School, onde a estudante já ganhou vários prêmios estaduais e locais em diversas feiras de ciência.
O método desenvolvido pela estudante usa a beterraba, um tubérculo que mancha qualquer superfície com sua cor avermelhada e roxa forte.
Como o pH da nossa pele é ácido e tem uma média de 5, uma ferida infectada pode aumentar esse pH para um nível de 9, por isso a beterraba seria útil, pois ela muda de vermelho para roxo escuro quando o nível de ph aumenta.
“Descobri que a beterraba muda de cor no ponto de pH perfeito”, disse a estudante ao Smithsonian.
“Isso é perfeito para uma ferida infeccionada. E então, eu disse, ‘Oh, ok. A beterraba é o caminho’”, afirmou.
Após o colégio, Dasia conta que sonha em estudar ciências políticas e se formar advogada, na Howard University.
“Tenho muito orgulho da escola porque quando alguém em nosso colégio faz algo ótimo, é celebrado em toda a sua extensão”, disse.
“Ser capaz de ser um desses destaques tem sido incrível”, concluiu essa estudante magnífica.
Com informações GNN
Foto: Society for Science