O pai e técnico industrial Luís Felipe Weberling entrou em 2016 na faculdade de Direito, no Espírito Santo, pra dar mais amor e apoio para o filho Lucas, diagnosticado com síndrome de Asperger – autismo grau leve. Este mês, antes de 2020 acabar, ambos conquistaram o diploma de graduação da faculdade.
Por conta da situação em que estamos, a coleção de grau será apenas em fevereiro de 2021 – mas isso é que menos importa tanto para pai quanto para filho.
Luís Felipe contou que embarcou na ideia de cursar a faculdade para ajudar o filho a combater o histórico de preconceito, além da preocupação de como seria a reação de Lucas com a turma de universitários.
Como a mãe já era formada em Direito, a missão ficou para o pai.
“No primeiro dia de aula, eu estava tremendo. Estava muito ansioso para saber como seriam as coisas, como lidar com isso. Era tudo muito novo para todo mundo. No início foi muito difícil”, revelou Luís Felipe.
A ação dos pais de o acompanharem é avaliada por Lucas como fundamental para que o próprio filho acreditasse ser capaz concluir a faculdade, e foi o que aconteceu, felizmente.
“Não existe uma barreira que ele [o autista] não pode alcançar. Se ajudarem e tiverem alguém para acreditar nele, ele pode mudar o mundo. Sinceramente, eu acho que é isso que o mundo está precisando: de mais pessoas como nós. De pessoas que acreditam nas pessoas, que fazem acreditar que o mundo, apesar de ser gigante, se torna pequeno pelo tanto de pessoas que vão te ajudando ao longo da vida. Se você tiver isso, acho que consegue tudo”, contou Lucas, hoje com 23 anos
“A gente evolui como pessoa e como sociedade através da convivência e inclusão”, desabafou Lucas.
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Com informações A Gazeta
Foto: Arquivo Pessoal