Segundo um novo estudo publicado na conceituada revista científica, a New Phytologist, existe um tipo de erva daninha capaz interromper o crescimento das células do câncer de mama, além de evitar que ele se espalhe para outras partes do corpo.
O estudo estava sendo realizado há mais de uma década, mas só agora teve os seus resultados oficialmente compartilhados.
A pesquisa inovadora tem como origem o Reino Unido e a planta em questão é a Arabidopsis thaliana, que tem flor, é pequena e nativa dos continentes europeu e asiático.
É uma planta herbácea da família das Brassicaceae, que também é encontrada na mostarda, por exemplo.
As folhas da planta precisaram ser tratadas com o hormônio vegetal jasmonato, que nada mais é do que uma substância descoberta no jasmim e que aumenta as respostas das plantas ao estresse.
Em seguida, elas são incubadas e as folhas tratadas com células de câncer de mama.
Os pesquisadores descobriram que não apenas as células cancerosas pararam de crescer, como também as células saudáveis permaneceram inalteradas.
Isso é significativo porque o uso da planta no tratamento do câncer de mama pode vir a ser uma potencial recuperação não só em menor tempo, mas também com menos efeitos secundários para pacientes que já estão em tratamento químico.
A professora Alessandra Devoto, do Departamento de Ciências Biológicas da Royal Holloway University, é a líder da pesquisa que está sendo conduzida desde 2006.
O trabalho conta com a colaboração conjunta dos pesquisadores: Dra. Amanda Harvey, da Brunel University London, e do Prof Nicholas Smirnoff da Universidade de Exeter.
O trio também fez a descoberta de mecanismos moleculares associados às mudanças nas células do câncer de mama – o que permitirá o desenvolvimento de novos e melhores tratamentos.
“Estou realmente entusiasmada por ter descoberto o incrível impacto que esta planta despretensiosa tem nas células do câncer de mama. A descoberta prova que mesmo as plantas que não tem características medicinais podem funcionar para o tratamento do câncer”, disse Devoto.
A doutora Harvey e o Professor Smirnoff ainda acrescentaram:
“Isso também servirá para outras doenças e para o progresso desta pesquisa, obtendo mais financiamento para beneficiar a sociedade de forma mais ampla”, disseram.
Com informações GNN
Foto: In Botanical Mood
Comprovando que “todo mal traz consigo um bem”, aquele que parece mau pode, em bom, se transformar, se for manuseado com cuidado. O veneno da cobra é seu próprio antídoto e ervas que pareciam daninhas podem ser mais eficazes do que flores perfumadas na arte de curar, se for extraído delas seus valores reais.