A belga conseguiu se tornar a primeira política trans mais bem posicionada politicamente em todo o continente europeu. Além do cargo de primeira-ministra, Petra também é Ministra das Empresas Públicas e Função Pública da Bélgica, ginecologista e faz parte do Partido Verde local.
Quando o primeiro-ministro Alexander De Croo formou seu novo governo, ele nomeou De Sutter como vice-primeira-ministra de Groen e ministra das empresas públicas e da administração pública, conforme disse ao The Brussels Times.
De Sutter também trabalha como ginecologista e chefe do departamento de medicina reprodutiva da Universidade de Ghent. Além de ser uma política veterana, tendo sido deputada no Parlamento Europeu, no Senado belga inclusive servindo à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa. Ela sempre defendeu os direitos LGBTQI+, buscando a igualdade das mulheres e a liberdade reprodutiva.
Apesar de ela nunca ter escondido o fato de ser transgênero, a mídia sempre enfatiza que “ela passou quase despercebida pela mídia belga”, como descreveu o Times. De Sutter publicou em seu Twiiter pessoal que espera que sua nomeação promova a aceitação trans em outros lugares pelo mundo.
Ativistas de direitos LGBTQI+ também expressaram essa esperança de mudanças a partir de agora: “De Sutter não alcançou sua posição de poder no novo governo belga porque ela é uma mulher trans que traz experiência em questões específicas relacionadas aos direitos LGBTQ e direitos trans. Ela foi nomeada por sua competência como política e por sua experiência na formulação de políticas”, escreveu Katrin Hugendubel, diretora de defesa da ILGA-Europa, na edição europeia do jornal Politico.
“Isso é uma validação de sua identidade tanto como política quanto como mulher trans, e é uma reprimenda pelos ataques contra identidades trans que estão ocorrendo em outras partes da Europa. Muitos deles estão ocorrendo em países do Leste Europeu, com medidas para proibir o reconhecimento de identidade trans ou para remover informações sobre pessoas trans dos currículos escolares”, acrescentou.
A Bélgica está há muito tempo na vanguarda da representação de toda a comunidade LGBTQI+. Elio Di Rupo, primeiro-ministro de 2011 a 2014, foi o primeiro político homossexual a chefiar o governo de qualquer nação em tempo integral.
Que orgulho dessas mudanças!
Com informações Twitter @pdsutter e The Brussells Times