nem opostos, nem parecidos e nem os com química. e nem também só os dispostos porque, um dia, até eles seguem caminhos diferentes. foque nos raros. sim, nos raros.
os raros, como você bem sabe, não estão em todo lugar, mas estão por perto. a raridade deles não está na sua quantidade e sim no nosso conhecimento em pressentir suas presenças.
não é só de sorte, destino ou sintonia que vive um relacionamento. também parte da jornada que você viveu até então, da resiliência, do autoamor que você aprendeu a lapidar aos pouquinhos, tijolo por tijolo.
e nessa balança para atingir o melhor do seu equilíbrio emocional não se engane, ela vai pender para ambos os lados: o ruim e o bom. não se torture. o equilíbrio que existe é saber que ele nunca é constante e que temos picos.
acredite você ou não, estes picos removem o véu que impedia a raridade de surgir diante da sua alma e coração. não é breve. não é impossível. não é para quem sabe. é para quem já se olhou e se revirou do avesso e se identificou com o seu próprio reflexo.
os raros estão espalhados e também estão concentrados. depende do quanto o seu espírito pulsa e alinha com o que você não quer mais na sua vida e com o que você entende sendo mais recíproco a sua visão de vida.
jamais finja que os raros não são reais. a entrada deles em nossas vidas só não acontece todos os dias, ou acontece e sequer notamos. mas eles são tão possíveis quanto o mínimo espaço entre um abraço, um beijo, um afago daqueles.
raridade é a poesia que remonta o amor de incontáveis belezas.
Imagem de capa meramente ilustrativa: Loucamente Apaixonados (2011)