“Tenho 90 anos e não estou pronta para morrer”: sobre o descaso com os idosos na covid

Todos temos consciência dos problemas e inúmeros transtornos que a pandemia do novo coronavírus causou pro mundo.

As centenas de milhares de óbitos e milhões de pessoas infectadas forçaram os governos a paralisar suas atividades e ordenar que as pessoas ficassem em casa para impedir a disseminação do vírus.

Sabemos que o vírus afeta principalmente os mais idosos e pessoas com prévios problemas médicos, mas para algumas pessoas entidades e empresas, parece que só o que importa é a economia.

Pelo menos esse é o protesto feito, melhor, a exigência feita pela artista americana Varda Yoran.

A mulher de 90 anos fez duras declarações para quem afirma por aí que a saúde dos idosos não pode ser uma prioridade na pandemia, porque eles já haviam desfrutado de suas vidas e deveriam dar lugar para quem realmente precisa.

Um exemplo desse pensamento assustador foi exposto pelo agora ex-apresentador da Fox News, Bill O’Reilly, que é a favor da reabertura da economia de seu país e garantiu que as mortes de idosos pelo COVID-19 não eram tão graves porque aconteceriam de qualquer maneira, mesmo se o vírus não interferisse.

As declarações causaram muita agitação nos EUA e motivaram os idosos que não têm planos de morrer em um futuro próximo, como Yoran, a defender o seu direito de continuar vivendo, pura e simplesmente.

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“Posso lhe dizer que eu e meus entes queridos queremos que eu viva por muitos anos. Quero acompanhar o ensino médio do meu neto e ver em que faculdade ele estudará”, afirmou.

“Quero ver o meu neto mais velho, casado, tornando-se pai. Eu quero continuar minha vida feliz. Não posso viajar tão extensivamente quanto antes, mas quero visitar Israel novamente. Só porque tenho 90 anos não significa que não tenho coisas para aprender e habilidades para aperfeiçoar”, acrescentou Yoran.

“Tenho mais limitações físicas e doenças do que escolho mencionar, mas isso não vai me parar. Nossas vidas, nossos sonhos, nossa produtividade não terminam quando completamos 65 anos, uma idade que a sociedade decidiu ser o começo de uma etapa em que as pessoas são “mais velhas”, continuou.

“Acho que não deve haver limite para quando a vida de uma pessoa não é valiosa”, afirmou.

“Tenho 90 anos e estou esperando a quarentena terminar. Enquanto eu for criativa e cercada pelo amor da família e dos amigos, enquanto eu continuar curtindo a vida, ninguém tem o direito de me excluir.” encerrou.

Yoran é um exemplo e muitos governos deveriam prestar atenção nessas declarações, assim como muitas pessoas. Nenhuma vida importa mais do que a outra.

Com informações HuffPost



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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