Não é segredo mais que a vacina desenvolvida na Universidade de Oxford é uma das mais promissoras do mundo contra o coronavírus. Em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, a vacina de Oxford terá 400 milhões de doses distribuídas para Itália, Alemanha, França e Holanda.
O acordo entre as partes foi selado no último sábado, dia 13, colocando assim os países partes do acordo como destino certo para assim que a vacina de Oxford for aprovada e produzida.
A farmacêutica britânica AstraZeneca prevê a entrega dos lotes da vacina para os países antes do fim do ano.
O contrato contempla não só a produção, como também a entrega de até 400 milhões de doses da vacina. A empresa ainda prometeu fornecer as doses sem margem de lucro durante a pandemia e acrescentou que está buscando formas alternativas de expansão da sua capacidade de produção da vacina.
“Com nossa cadeia de fornecimento preparada para começar a produção na Europa em breve, esperamos tornar a vacina disponível ampla e rapidamente”, disse o executivo-chefe da AstraZeneca Pascal Soriot, através de um comunicado.
A fase de testes da vacina já está em estágios finais e deve terminar no próximo outono no hemisfério norte, isso segundo o ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, que fez uma publicação no Facebook sobre o assunto.
“Muitos países do mundo já garantiram vacinas, a Europa ainda não [tinha]. A ação rápida e coordenada de um grupo de países-membros valorizará todos os cidadãos europeus nesta crise”, falou também o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn.
Apesar de não fazer parte do acordo, o Brasil pode vir a ter prioridade futura sobre a vacina de Oxford, já que está fazendo parte do grupo de testes da mesma.
“A participação do nosso país – o primeiro fora do Reino Unido a fazer parte das pesquisas da vacina – coloca o Brasil como “grande candidato” a usá-la, declarou Soraya Smaili, reitora da Unifesp, Universidade Federal de São Paulo.
A Unifesp vai participar da terceira fase de pesquisas da vacina britânica contra covid-19 agora no mês junho. Os testes serão realizados por meio de mil voluntários que vivem na capital paulista e atuam em atividades com exposição ao vírus, como profissionais de saúde por exemplo.
Com informações da Reuters e R7
Foto: Dado Ruvic/Reuters