Pesquisadores da Universidade Lund, na Suécia, conseguiram um grande avanço na ciência mundial: os cientistas restauraram a mobilidade e a sensação de toque em ratos que tiveram AVC.
As células das cobaias foram reprogramadas com pele humana em laboratório, para depois serem transplantadas para o córtex cerebral de ratos, na parte mais danificada após um derrame. O resultado, um grande avanço na medicina, veio logo depois:
As peles transplantadas se tornaram células nervosas, se espalhando pelo cérebro das cobaias que, por sua vez, enviaram suas fibras nervosas, inclusive para o lado oposto do cérebro onde as ligações haviam sido perdidas após o acidente vascular cerebral.
O estudo já foi publicado na Proceedings da Academia Nacional de Ciências (PNAS) no mês de abril.
“Seis meses após o transplante, pudemos ver como as novas células haviam reparado os danos causados por um derrame no cérebro dos ratos”, disse o professor Zaal Kokaia, um dos pesquisadores que conduziram o estudo.
“Usamos técnicas de rastreamento, microscopia eletrônica e outros métodos, como a luz, para desligar a atividade nas células transplantadas, para mostrar que elas realmente se conectaram corretamente nos circuitos nervosos danificados. Pudemos ver que as fibras das células transplantadas cresceram para o outro lado do cérebro, o lado em que não transplantamos nenhuma célula e criamos conexões. Nenhum estudo anterior mostrou isso”, acrescentou Kokaia.
“É notável descobrir que é realmente possível reparar um cérebro danificado por um derrame e recriar conexões nervosas que foram perdidas”, complementou a professora da universidade, Olle Lindvall, que também estuda o cérebro há décadas e que ficou positivamente surpresa com o trabalho realizado.
O próximo passo ainda é conduzir novos estudos até que de fato seja aplicável em um ser humano.
“Queremos saber mais sobre como as células transplantadas afetam o hemisfério oposto do cérebro. Também queremos examinar mais de perto como um transplante afeta funções intelectuais, como a memória. Além disso, estudaremos os possíveis efeitos colaterais”, revelou Kokaia.
“A segurança é extremamente importante para o transplante de células, se for usado clinicamente no futuro”, encerrou o professor.
Que avanço que pode salvar milhões de vidas! Tomara que dê tudo certo!
Com informações GNN
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