Pesquisadores brasileiros da Universidade de Brasília, UnB, conseguiram sequenciar o genoma do coronavírus em um paciente local, infectado pelo vírus. O sequenciamento é de suma importância para a pesquisa, pois ajuda na observação da dinâmica de dispersão da doença.
O sequenciamento também é importante para monitorar possíveis mutações do vírus e conhecê-lo melhor ajuda a controlar os possíveis efeitos dele.
O trabalho foi realizado pela equipe de pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas – IB, que trabalha no Departamento de Biologia Celular da universidade da capital federal.
Os responsáveis pelo feito são o biomédico Ikaro Alves e os virologias Bergmann Ribeiro, Tatsuya Nagata e Fernando Lucas.
Vale lembrar que uma equipe do Instituto Adolfo Lutz, do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP e da Universidade de Oxford já havia sequenciado o vírus assim que ele chegou ao Brasil, no final de fevereiro, de uma paciente tinha retornado da Itália.
Bergmann disse que o conhecimento sobre o código genético dos vírus é uma maneira de acompanhá-los ao longo do tempo. Além de ser possível saber, quais proteínas são mais importantes para eles e também como escolher as drogas certas que possam enfraquecer o vírus.
“Alguns deles conseguem sobreviver com mutações. Eles vão evoluindo no hospedeiro de maneira diferente. Os vírus, cujas sequências você analisa, vão variando em Brasília, na China, em São Paulo”, explicou o professor.
Bergman ainda lembrou que há inúmeras pessoas trabalhando em projetos para tentar descobrir o máximo de dados sobre o novo coronavírus e que a contribuição de cada uma delas é essencial n o momento.
“Por isso, é importante investir em pesquisa. E ela não é barata. Os insumos (para o sequenciamento) custam R$ 6 mil”, disse.
A equipe do Laboratório de Microscopia Eletrônica e Virologia da UnB esperar conseguir em breve amostras de mais pacientes.
Com informações do Metrópoles e Correio Braziliense