Através de uma videocirurgia inédita, médicos brasileiros retiram câncer de pulmão
César Penaloza, Fernando Zylberstejn, André Amate, Tales de Nadai, Karla Aguado e Daniele Lourenço Foto: ACI-Famesp/Divulgação

Graças a uma técnica inédita, uma paciente que estava com um câncer de pulmão não precisou sequer fazer quimioterapia. A equipe médica do Hospital Estadual – HE – de Bauru realizou a cirurgia para retirada do tumor pela chamada lobectomia pulmonar, tudo registrado através de um videocirurgia.

O procedimento, menos invasivo, é indicado para tratamento definitivo da doença, quando ainda está em estágio inicial.

A paciente, uma moradora de Bauru e de 65 anos, foi operada no último dia 7 de novembro e já recebeu alta, mas o caso só foi divulgado para a imprensa na semana passada, no dia 12 de dezembro.

Segundo o professor doutor Tales Rubens de Nadai, um dos médicos cirurgiões do HE e também um dos responsáveis pela cirurgia, a paciente não precisou da quimio ou da radioterapia. Ela apresentou uma evolução satisfatória e segue em atendimento ambulatorial oncológico do hospital.

O procedimento durou cerca de duas horas e foi no centro-cirúrgico do HE, unidade de saúde sob gestão da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar – a FAMESP.

Além de Nadai, participaram do procedimento o médico cirurgião André Amate Neto, a instrumentadora Karla Danieli Genaro Aguado, o anestesista Fernando H. M. de Carvalho Zylberstejn e o residente de cirurgia César Saul Quevedo Penaloza.

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César Penaloza, Fernando Zylberstejn, André Amate, Tales de Nadai, Karla Aguado e Daniele Lourenço Foto: ACI-Famesp/Divulgação

Na técnica de videocirurgia ou videotoracoscopia, o cirurgião faz uso de microcâmeras para visualização do órgão que vai passar pelo procedimento.

O procedimento, como informado anteriormente, é minimamente invasivo, e traz vantagens para o paciente como uma recuperação mais rápida e menos dolorosa, além de menor tempo de internação para cuidados pós-operatórios.

A cicatriz também é menor quando ao comparada ao procedimento tradicional, que requer uma abertura maior da cavidade torácica.

“A indicação deste procedimento é para câncer de pulmão em estágios iniciais: 1 e 2. O padrão ouro do tratamento estabelece que, se for do lado direito, é retirado um terço do órgão e, se for do lado esquerdo, metade do órgão”, explica Nadai.

A equipe treinada para fazer este tipo de procedimento começou a atuar no HE no mês passado e a expectativa é de que outras cirurgias iguais a esta sejam realizadas dentro hospital nos próximos meses. Parabéns para os médicos brasileiros.

Com informações do JCNet



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