Que gol da Austrália! A partir de agora as jogadoras da seleção feminina de futebol do país vão receber exatamente mesmo salário que a equipe masculina recebe.
As “Matildas”, como são chamadas, terão não só direitos a salários iguais, como também vão poder contar com as mesmas condições de trabalho que os jogadores da seleção masculina, inclusive de viajarem, como eles, apenas na classe executiva.
A conquista para as mulheres no esporte do país foi confirmada durante uma coletiva de imprensa no meio da semana.
Com isso, para os próximos quatro anos, tanto a seleção feminina quanto a masculina vão dividir igualmente os 24% oriundos de receitas publicitárias geradas pelo futebol do país que destinadas aos atletas.
O acordo é obviamente um grande e importante passo para a igualdade de gêneros no esporte.
“O futebol é o esporte de todo o mundo e esta nova convenção coletiva constitui um passo a mais em direção à adoção de valores de paridade, integração e igualdade de chances”, declarou Chris Nikou, presidente da Federação Australiana de Futebol
A conquista pela equidade no esporte das mulheres vem graças também a massiva campanha realizada por jogadoras de diversas seleções na última Copa do Mundo Feminina de Futebol, que foi realizada na França esse ano.
Durante o Mundial, algo que não era amplamente divulgado acabou ficando evidente pra todos: a disparidade de tratamento entre homens e mulheres no esporte mais popular e rentável do planeta.
Em entrevista à RFI, uma das jogadoras mais importante da seleção australiana, Elise Kellond-Knight, celebrou a conquista do acordo. Ela disse que o acordo significa “respeito” às mulheres e é a realização de um “sonho”.
O diretor-geral da FFA, David Gallop, lembra que a seleção masculina teve um papel importante no acordo, pois foram os primeiros a aceitaram dividir igualmente as receitas com a seleção feminina.
Para o capitão da seleção masculina, Mark Milligan, as mulheres agora ganham “o que merecem”.
E a gente só consegue pensar numa coisa depois dessa matéria: #AprendeBrasil
Com informações da RFI