Um casal de São Paulo provou que, com foco e economia, dá sim pra realizar grandes feitos, inclusive o de comprar uma casa própria.
Myllena e Alison Silva são donos de uma mercearia em uma comunidade da capital paulista e começaram a guardar os trocos conseguidos diariamente em lugares inusitados, como copos e caixas de sapato.
Eles simplesmente juntaram R$ 10 mil em moedas e notas e usaram as economias que já tinham para dar entrada na sonhada casa própria.
“Todos os dias recolhemos o lucro. As notas de R$ 2 reservamos numa caixa de sapato. A cada dois meses, pegamos as moedas, deixando apenas dez de cada valor para não zerar (o saldo). Separamos, então, o restante, por valor, em galões de água de cinco litros”, disse Myllena ao Extra.
Myllena também contou que o casal não escolhe previamente para o que vai economizar, mas quando aparece algo que eles querem muito, ambos contam o valor guardado para investir.
Eles já fazem isso desde 2015 e já compraram um carro, uma moto, um terreno e a agora a casa.
“Começamos a juntar, inicialmente moedas, em 2015. Um ano depois, tínhamos R$ 5 mil e demos como entrada num carro. As parcelas posteriores sempre pagamos com nosso trabalho. Depois disso, já usamos as economias para comprar uma casa de dois cômodos e um terreno também na comunidade”. conta.
“A entrada desta casa de três cômodos custava R$ 15 mil. Fomos ver quanto tínhamos economizado. Eram R$ 10 mil. Para completar, demos ao vendedor uma moto, no valor de R$ 5 mil”, lembra Myllena.
Além da mercearia do casal, Alison também trabalha como gari,
Myllena é quem comanda a mercearia diariamente, que vende alimentos e bebidas.
Os dois também contaram que é difícil juntar dinheiro, ainda mais com as tentações de consumo espalhadas por toda a parte. E outra curiosidade: nenhum deles têm conta em banco.
“O meu marido não gosta de banco… há muitas taxas. É claro que, vendo as moedas, dá vontade de gastar. Eu sou mais consumista do que ele e, de vez em quando, pego algumas [de forma] escondida. Mas sei que é preciso me esforçar e vale a pena”, diz Myllena.
Quando a quantidade de moedas e notas baixa fica grande, eles trocam por notas altas com outros comerciantes, que também acabam precisando de troco.
“A gente leva um pouco em cada mercado do bairro para trocar, quando chega a hora. Eles ficam muito felizes”, afirma Myllena.
Com informações de Extra