Um motociclista teve uma reação inesperada e ao mesmo tempo emocionante depois de sofrer um acidente de trânsito provocado por um idoso, que atravessou uma avenida de Manaus e bateu na sua moto.
Após cair, o motociclista não ficou bravo ou mesmo esboçou qualquer gesto que tivesse uma conotação violenta, muito pelo contrário, ele foi abraçar o senhor, que começou a chorar e pediu desculpas.
Comovido com o choro do idoso, o motociclista o beijou carinhosamente, mostrando que as desculpas foram aceitas.
A cena de compaixão e pura empatia, chamou a atenção do empresário Fabiano Ladislau, que presenciou tudo e gravou as reações dos dois pelo celular.
“Eu comecei a gravar, porque vi ali uma atitude boa, diferente do que a gente ver por aí. Se fosse uma pessoal ruim teria partido para cima do idoso e o espancado, mas não, ele [motociclista] abraçou o idoso e disse que estava tudo bem, para ele não se preocupar, que podia parar de chorar. O senhor se desculpou”, contou Fabiano ao Portal Manaus Alerta.
O empresário disse chegou a falar o motociclista – que não teve o seu nome divulgado.
Fabiano elogiou o rapaz pela atitude e descobriu o motivo de tenta compaixão.
“Eu parei o carro e o parabenizei. Ele me disse que tinha perdido o pai há algum tempo”, afirmou.
O vídeo gravado por Fabiano já teve mais de 20 milhões de visualizações em poucas horas no perfil do portal no Instagram. E foi sucesso também no Facebook, onde já conta com mais de 5 milhões de visualizações.
Assista abaixo:
Numa época em que as brigas de trânsito, desavenças sobre “toma lá, dá cá aquela palha”, não raramente terminam em agressões e morte, bonito apreciar a vítima confortando o “infrator”, no mínimo o responsável pelo estorvo, impedimento e atraso no caminho, causador de alguma dor que ainda doía e de algum susto que ainda assustava, preocupado em “medicar” quem sofria, talvez mais, com a alma em frangalhos. Reconfortante a gente apreciar esse abraço sincero de quem sofreu um revés mas conseguiu enxergar, além dele, quem estava sofrendo muito mais por tê-lo causado, o prejudicado preocupado em não afligir quem se desmanchava em aflição, chorando desconsolado pelo que involuntariamente causou, imaginando o pior que poderia ter acontecido. Quem sabe doesse o joelho, o braço, por causa do trauma, alguma arranhadura, escoriação, contusão ou machucado, mas esse jovem esquecido de si mesmo, se fez forte para fortalecer e equilibrou-se para acalmar quem não se perdoava pelo mal que causara. Espíritos superiores são assim. Não perdem a chance de serem bons, uns para os outros, mutuamente se amparando nos braços que suplicam um abraço para sentir-se bons de novo. Mas a vítima fez mais do que abraçar quem a derrubara. Beijou o rosto cansado e sofrido deste desconhecido para que não duvidasse de que tudo já passara, era preciso continuar vivendo, cada qual sua própria vida, porém enriquecida com o fato de se terem encontrado, um pai e um filho para dizer, um ao outro e a quem interessar pudesse, quanto somos irmãos.