Nunca é tarde demais para irmos atrás dos nossos sonhos, e um exemplo dessa vontade é a história de uma alegre e mais nova formanda do curso de graduação de Pedagogia. Thereza Mualla Alduino, de 81 anos, batalhou e estudou muito para ter o seu tão sonhado diploma, mesmo quando muita gente dizia que ele nem deveria mais estar estudando.
Mas a ex-merendeira de escola sonhava ser pedagoga e não desistiu. Thereza se formou em junho em Catanduva, interior de São Paulo e a festa de formatura aconteceu no último sábado, 17 (agosto).
Ao site G1, ela contou que o sonho de se formar sempre existiu, mas só foi possível depois de se aposentar. Na escola onde trabalhava ela se adorava as crianças e a ficava admirada com a vontade delas em aprender.
“Eu me aposentei e pensei que não podia ficar parada. Então, fiz três anos de supletivo e concluí o ensino médio”, afirma.
Depois de se aposentar, isso com 70 anos, Thereza finalmente conseguiu ir atrás do seu grande sonho. Primeiro ela fez o supletivo e para tirar o diploma de Ensino Médio. Depois ela tentou por três meses um curso técnico de química, mas não desistiu por causa da complexidade da matéria. Com isso, começou outro curso técnico em administração de empresas e se formou em 2015.
No mesmo ano, Thereza começou a faculdade de Pedagogia, depois de passar em 15º lugar no vestibular. Ela passou a conviver diariamente com pessoas mais novas, com as quais compartilhava experiências.
“Às vezes eles até falavam brincando para eu ir fazer crochê, mas eu não gosto disso, eu gosto de estudar”, disse.
“Ela é uma pessoa que gosta muito de ficar entre os jovens. Gosta de estar por dentro e nunca parou no tempo. Tanto é que ela usa bastante o celular para procurar as coisas, como receitas e assuntos interessantes. Por mais que nunca faça a receita, gosta de estar por dentro”, conta a neta, Aline Alduino.
Dona Thereza revela que tem facilidade para procurar as coisas no celular, mas quando tinha que fazer alguma atividade da faculdade no computador, quem sempre a ajudava era a filha que mora com ela.
“Ela anotava tudinho. O caderno sempre muito completo. Não ia pra faculdade só para marcar presença. Além disso, quando gente chama ela para viajar e ela não vai. Chamar para ir em algum restaurante é muito difícil dela ir. Na faculdade nunca faltou um dia ”, conta Aline.
Agora a recém-pedagoga quer fazer uma pós em psicopedagogia para poder dar palestras em sua cidade.
Artigo com informações do site Psicologia do Brasil e G1 / Fotos: Reprodução