Se hoje sou forte, é porque algum dia não fui. Fui fraca, caí, chorei e achei que nunca mais fosse levantar. Fui humana. E não me arrependo. Aliás, arrependimento é algo que tento não ter mais. Busco desapegar, afinal, o momento do arrependimento não volta atrás (nem essa rima mais ou menos…).
O que quero dizer é que sim, teria feito algumas coisas diferentes, mas isso eu sei agora, não sabia na época. Na época, sei que agi com o coração, da melhor forma que poderia. Mesmo que tenha errado. Principalmente que tenha errado.
O que é certo? Qual caminho seguir? Inquietações tão minhas quanto humanas. Não sei, acho que nunca saberei. Ouvi certa vez que não existem caminhos errados, mas apenas caminhos. Portas, escolhas. Cada uma nos leva a um lugar diferente, nem certo, nem errado, apenas diferente.
De certa forma isso me conforta, sabe? Apazigua o cérebro quando desanda a pensar se estou “no caminho correto”, o que aconteceria se “tivesse feito outras escolhas”. Se tivesse dito “sim”, ou “não”, ou se ao menos tivesse dito algo. Se tivesse ido naquela viagem, aceito aquela oportunidade…uma vida de “se” e arrependimentos que hoje tento não mais viver.
Passou, foi, ufa. Se não virou lição, experiência, serviu para me tornar quem sou hoje. E quem sou hoje é o melhor que posso ser.
Talvez amanhã repense tudo isso, inclusive esse texto. Talvez amanhã os arrependimentos venham como uma avalanche, tentando me soterrar embaixo de memórias, escolhas e caminhos.
Que tente! Amanhã, já estarei em outra estrada…
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