Alunas ajudam porteiro de escola a passar em faculdade

Sabe aquelas notícias que dão um “quentinho no coração”? Pois esta é uma delas. O porteiro de uma escola em Vitória, no Espírito Santo, foi aprovado na faculdade e vai cursar Enfermagem; e isso porque, além dos próprios esforços, ele contou com a ajuda dos alunos e professores do colégio onde trabalha, que o auxiliaram nos estudos.

Natural da Bahia, Ozeilto Barbosa de Oliveira, de 43 anos, estava há 20 anos fora das salas de aula quando resolveu fazer o ENEM. Ele fez a prova e foi aprovado no final do ano passado, com uma bolsa de estudos de 100% por meio do Programa Universidade para Todos, o Prouni. Na lista, de espera do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ele e foi chamado para iniciar o curso no segundo semestre deste ano.

Ozeilto,que trabalha desde 2011 na portaria do Centro Educacional Charles Darwin, em Jardim da Penha, conta que foram os colegas de trabalho que o incentivaram a estudar. “Uma secretária da escola chegou para mim e falou: “Ozeilto, que tal você voltar a estudar?” Eu falei logo que não, mas ela insistiu e me apresentou o EJA” (Educação de Jovens e Adultos), explicou.

O porteiro tinha só o quarto ano do ensino fundamental, mas no ano passado concluiu o ensino médio e fez pré-vestibular do Darwin à noite, com bolsa integral. “A convivência com os alunos e o ambiente escolar despertaram em mim a vontade de estudar”. Durante o intervalo e na saída das aulas, ele chamava os alunos para tirar dúvidas sobre os exercícios.

As alunas Bárbara Rocha, 20 anos, Débora Lopes, 19, e Ramona Uliana, de 21, acompanharam de perto o esforço do Ozeilto, chamado carinhosamente de “Ozê”.

As alunas e amigas que ajudaram Ozeilto Barbosa a estudar dizem que ele “é uma inspiração para nós, sempre estava com um sorriso no rosto”, contou Ramona Uliana.

“Eu lembro de ter o ajudado em Matemática”, contou Débora Lopes. A jovem disse que o porteiro era muito interessado. “A gente via ele todo dia com a apostila na mão lendo ou fazendo exercícios”.

Um belo exemplo de como podemos ajudar a desenvolver as pessoas que estão ao nosso redor, não é mesmo? Às vezes, tudo o que as pessoas precisam é de um olhar carinhoso e de incentivo.

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*Com informações da Folha de Dourados



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