Eu sou romântica. Acredito no amor. Torço pelos casais que se amam e se respeitam. Fico triste quando algo se rompe. Meus olhos marejam quando vejo algo que me toca. Me emociono com a chuva que abençoa e esfria. Assim como sou tocada pelo sol que aparece após dias de umidade e céu cinza.
Vou atrás quando quero. Já não nego sentimentos. Cheguei naquela parte da vida onde a gente entende que sim, ela acaba. E pode ser logo ali naquela esquina. Então prefiro perder por tentar a perder por me calar. Minha mãe me dizia que o amor dela por mim era maior do que o mundo, maior do que o universo. Eu não sabia o tamanho do mundo ou do universo. E não era preciso. Eu sabia que ela estava falando de algo imenso, intenso, indestrutível. Eu cresci ouvindo isso e com a ideia de que o amor só vale a pena se for grandioso e magnânimo o suficiente pra romper nossas barreiras. Nossos medos. Nossas fronteiras.
Porque amor é aquilo que vem e transforma. É difícil lembrar de como nos sentíamos antes de senti-lo. E após sentirmos, é difícil acreditar que a Vida é possível sem amor. Porque como dizia minha mãe, ele é muito maior que o Universo. Mas ele pode ser condensado de tal forma que cabe em um lugar pequeno: aqui, dentro.
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