Muitas vezes esse modo de processar a tristeza, sem as lágrimas derramarem, é uma consequência de apenas tê-las esgotado, é como uma dor sobre outra dor, tão aguda, tão intensa, que é difícil descrevê-la com palavras.
Desapontamentos são especialistas em gerar esse tipo de tristeza. Receber de alguém, por ação ou omissão, o que é capaz de nos quebrar, pode ser o gatilho daquele estado que nos priva de ar, o que nos faz ter que encontrar força onde nem sabíamos que tínhamos que levantar, recuperar.
Mas enquanto essas forças são encontradas em nossos pensamentos e as memórias estão nos assombrando, encher-nos com arrependimentos, torturar-nos e dizer-nos para enfrentar não parecer justo, ninguém nos obrigou a confiar, para dar, sentir…
Esta tristeza, que faz bolha, o que não é identificado de forma tão clara e nos espreita através dos olhos, pode ser perigosa, porque mesmo nós, que chegamos a senti-la, podemos ser enganados…
Viva cada uma de suas emoções, a tristeza é uma delas. Deixá-la ir, mas lembrá-la que a está visitando, oferecer uma cadeira e falar um pouco com ela, mas nunca não ofereça uma cama pra ela e nem deixe que se instale instale, ou roube espaços ou tempo de vida…
Da tristeza tudo é cinzento tudo é amargo. E certamente a vida tem muitas cores para perpetuar o que nos coloca na escuridão, que desliga as luzes e desfoca as cores.
Temos sempre uma decisão de mudar qualquer coisa em nossas vidas e, nesses casos, devemos agir rapidamente. Sim, estamos quebrados, estamos tristes, vivemos isso, mas com a sempre presente intenção de curar, rearmar e seguir em frente o mais rápido que pudermos.
Traduzido e adaptado do site Rincón del Tibet, por Sara Espejo