Alguém para respeitar a sua história, para entender e ser gentil sobre as suas feridas. Alguém sem nenhum desejo ou ego em desmerecer os seus sonhos, de diminuir todos os momentos dedicados ao seu processo evolutivo, seja ele emocional ou profissional – ambos, eu diria.
Alguém ausente de um pretensiosismo machista e controlador a respeito das suas capacidades, da sua visão de mundo e de experiências oportunas no futuro. Alguém para ser cúmplice das lágrimas, dos dias cinzas, das perdas oriundas do fato de estarmos vivos, no mesmo universo mas em instantes diferentes. Alguém propício para a compaixão, para o cuidado e também para o espontâneo.
Alguém para ser parte de novos capítulos, de novas conversas, de novas permissões. Alguém com a tranquilidade e ao mesmo tempo urgência em disponibilizar os mais intensos e interessados encontros. Na cama pela manhã, no jantar, na reunião entre amigos, familiares. Alguém realmente presente de coração. Mas é importante ser alguém sem nenhum medo das incertezas, pois ninguém tem todas as respostas, todos os caminhos. Ainda assim, quando se tem a sorte de combinar com a disposição de alguém para fazer dar certo, todo o resto vira uma imensa colcha de detalhes. Detalhes podem e devem ter a intenção para ajustes.
Então, alguém no meio de tantos alguéns não é lá uma tarefa impossível. Saber das próprias possibilidades e aberturas sentimentais é a primeira das maturidades. Tendo isso, reconhecendo-se sem qualquer tipo de restrição, tente. Repare e esteja junto de alguém que te renove, de alguém que te queira em todas as peculiaridades que você tem a humildade para deixar acrescentar. Alguém amor para você que transpira amor.