Ao dormirem, muitas pessoas possuem o hábito de ranger os dentes, e acabam não sabendo que possuem bruxismo noturno, uma doença que pode trazer sérias consequências à saúde como um todo, através de lesões nos dentes e na gengiva. Cerca de 30% das pessoas têm bruxismo leve, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, dados oficiais apontam que o problema atinge 40% da população.
As causas mais comuns para o bruxismo possuem relação com estilo de vida estressante e rotina que torna uma pessoa predisposta à crise de ansiedade. A força que uma pessoa faz ao ranger os dentes tem 40 vezes mais potência para danificá-los do que mastigar. Essa é mais umas provas cabais que nosso estado emocional se interliga com o estado de nossa saúde como um todo.
As pessoas que descobrem mais facilmente que possuem bruxismo norturno, geralmente são as que pelo barulho acordam seus parceiros. Isso significa que as chances de alguém que dorme sozinho descobrir esse hábito são menores, já que ao acordarem, por vezes, o ranger se esvai. Também com frequência, nos momentos de estresse ou quando se concentram em algo, essa contração da mandíbula pode surgir, então é bom ficar atento a esta tensão naquelas horas que você se percebe mais ansioso ou focado em alguma atividade.
Bruxismo e Saúde Mental
Uma importante pesquisa, publicada na revista especializada Oral Rehabilitacion, aponta que as crianças de 13 a 15 anos vítimas de abuso verbal na escola têm probabilidade de sofrer bruxismo noturno quatro vezes maior do que outros adolescentes. Aqui o ranger sugere uma perpetuação das sensações que o Bullying evoca, mesmo distante dos agressores.
O tratamento da doença deve ter basicamente duas esferas. Sob orientação de especialistas odontológico, é possível diminuir a dor ( se houver) e confeccionar uma proteção a ser usada. E também, a presença de um psiquiatra e um psicólogo mostra-se essencial. Haja vista que a raiz da maior parte dos casos de bruxismo está numa vida de estresse intenso.