Você já deve ter passado por isso. Eu já passei.
Passamos nossos dias na expectativa. Na expectativa de um futuro melhor, de um emprego bom, que nos satisfaça. Na expectativa de encontrar alguém que a gente ame e que nos ame também. Normal, somos seres humanos. Vivemos, esperamos e aguardamos o dia em que nossos sonhos e desejos vão se realizar.
Até que um dia aparece alguém. Uma pessoa legal, um cara (ou uma garota) que você admira, acha bonito, inteligente, tem uma conversa agradável. Daí você pensa: “Legal! Acho que agora vai. Nos damos bem, nos gostamos, não tem por que dar errado.”
Então você começa a enumerar as várias qualidades da pessoa que você acha agradáveis, que se adequam à sua lista (convenhamos, todos temos uma lista). Aqui, meu caro, reside a peça errada do quebra cabeça.
Não que eu seja expert no assunto, mas posso garantir que a partir do momento em que você tem que listar as qualidades de uma pessoa para saber se ela é ou não é a pessoa certa, ela não é.
Como aquela peça do quebra cabeça que quase se encaixa, mas no fundo você sabe que não.
Você até tenta, se esforça, mas por algum motivo, praticamente inexplicável, ela não se encaixa perfeitamente. Sintonia, conexão, é algo que não se explica. Quando você se dá conta, não consegue mais se imaginar vivendo sem aquela pessoa, sequer se lembra como era a vida antes dela.
Conversam por horas, e parece que já se conhecem de outras vidas.
Você sequer se lembra daquela lista, aquela do que você procura em um parceiro. Porque amar é gostar apesar dos defeitos. É amar também as imperfeições, e principalmente elas.
Então, que me perdoem as listas, expectativas, e estratégias de compatibilidade.
Quando a peça do quebra cabeça é a certa, ela naturalmente se encaixa. A sintonia aqui não se explica. Ela é sentida.