A gente precisa parar de olhar para os outros corpos, os outros cabelos, os outros rostos, as outras vidas, teimando em achar que tudo que não é nosso é melhor, mais bonito ou mais valioso!
Essas fôrmas estéticas e ideais onde a gente faz questão de tentar se enfiar a todo custo, só nos faz sofrer e nada mais!
Afinal, o que é ser belo, feliz, bem-sucedido?
Quantas vezes você já não duvidou da sua beleza, da sua capacidade, da sua lucidez?
Quantas vezes você já não se sentiu inadequado, descabido, esquisito?
Quantas vezes você já teve raiva da sua imagem no espelho, da sua baixa performance, de ganhar menos do que gostaria ou merece?
Quantas vezes você fugiu do espelho para não ver o reflexo de si mesmo porque se acha horrível, obeso, desinteressante?
Essa doença moderna, causada pela valorização exagerada da estética, é a maior responsável pela epidemia de distúrbios alimentares entre jovens e adolescentes, principalmente as meninas.
Meninas que chegam a passar dias inteiros à base de alface duas, castanhas e litros de chá; meninas que definham diante dos espelhos das academias e, por mais que estejam magérrimas, continuam se achando gordas; meninas que vomitam depois de comer, porque têm na comida, ao mesmo tempo, alívio para a ansiedade e castigo para a autoestima. Meninas que tomam laxantes e diuréticos na esperança de sumir.
Sendo assim, e pelo bem de todas as meninas, garotas, moças e mulheres deste mundo – incluindo você -, olhe para essa moça aí do seu lado, no ônibus, na fila do banco, à espera do Metrô, no meio fio esperando para atravessar a rua… e diga:
“VOCÊ É LINDA!”
Quem sabe, se a gente não começar uma campanha pela lindeza amorosa, a gente não acabe vencendo essa falta de amor e idolatria da aparência, não é mesmo?
Eu acho que não custa nada tentar! E você?!