Dizer que a vida é curta e que o tempo passa rápido demais é um dos clichês mais batidos e repetidos que existem, porém, assim os são devido à verdade que trazem consigo. E todos nós sentimos isso. É como se os melhores momentos em que vivemos se escorressem pelos nossos dedos e fugissem de nossas mãos, virando uma lembrança bonita que fazemos questão de relembrar.
Essa efemeridade e brevidade da vida e do que sentimos é um dos motivos que nos levam a refletir melhor sobre o que fazemos e dizemos, ou o que deixamos de dizer e de fazer. Muito pior do que a dor da saudade de uma lembrança bonita, é o remorço de uma memória vazia daquilo que não existiu porque não tivemos coragem de fazer acontecer. O último abraço que não foi dado, um elogio que não foi feito, um olhar não correspondido ou um amor que, embora sentido, preferiu calar-se diante do amado.
Deixamos nossos medos e receios nos amordaçarem diante dos nossos sentimentos e criamos uma casca protetora. No entanto, essa barreira criada por nós mesmos pode nos afastar daquilo que nos é precioso. Quando encontrar algo valioso, cuide. Demonstre o quão importante isto é para você, pois não é todos os dias que a sorte bate à nossa porta. Aliás, o amor não tem nada a ver com jogos de azar. Fazer jogo, nesse caso, é penalidade máxima. Expulse da sua vida aquilo que lhe oferece migalhas, pois elas não vão te alimentar.
O amor não é imposto de renda para ser declarado uma vez por ano. Lembre-se que sonegar é um crime, amar, não. Não deixe para viver depois o amor que você sente agora…