Perdeu as contas de quantas vezes já fez isso, mas não perdeu o jogo de cintura e a vontade de fazer tudo voltar para trilhos novamente. Perdeu as contas de quantas vezes já quebrou a cara, mas não perdeu a vontade de ajeitar tudinho e encarar o mundo, assim mesmo, cheia de cicatrizes.
Recomeçar para sobreviver. Para viver. Para voltar a viver. Recomeçar e encontrar no novo a velha vontade de ser feliz. Recomeçar mesmo que seja dando a volta por cima aos poucos e mesmo que o novo demore a se mostrar. Mas recomeçar é preciso para poder respirar. Ou suspirar.
Recomeçar na segunda. Ou na terça, quarta ou qualquer dia da semana que der na telha. Mas ela recomeça. Não importa o quê ou por quem. Ela sempre vai tirar do fundo do peito uma vontade louca de fazer ser de outra forma sempre que o caminho não estiver sendo do jeito certo. Porque ela morre de medo, mas vai assim mesmo, porque loucura é permanecer onde as boas energias não entram e a alma não encontra paz. Recomeçar é preciso sempre que nosso coração dá um sinal de insatisfação.
E ela vai. Na cara, na coragem e na certeza de que se a queda for feia, ela sabe levantar, sacudir a poeira e, recomeçar….
Maravilhoso texto, tão eu neste momento!!!
Obrigada por me lembrar, por me relembrar…
Me fez sorrir 🙂