Conseguir se conectar com a esperança e recuperar a fé em nossas possibilidades é difícil quando a ferida do que nos fez perdê-la em um primeiro momento é muito profunda. É um processo que, no entanto, deve ser iniciado, já que sem esperança é muito complicado desenvolver projetos que possamos desfrutar e crescer.
Assim, lembremos que a esperança é precisamente um dos remos que orienta o barco da nossa vida, e sem ela passaremos a ser, pouco a pouco, um capricho das circunstâncias.
Pensemos que um estado emocional no qual a esperança esteja ausente, como todos os estados emocionais, terá a tendência de se manter por inércia. Somos nós quem, com vontade e habilidade, temos que assumir o desafio de mudar este ecossistema emocional que não quer enfraquecer para dar lugar a um novo ambiente.
O que nos faz perder a esperança?
Existem muitos acontecimentos que nos fazem perder a esperança: a morte de uma pessoa querida, uma separação permanente, a perda de um emprego, resultados ruins em alguma prova, etc.
Nessas situações, o que acaba com a esperança é a sensação de falta de controle, de recursos ou de aptidão. O que destrói a esperança é a sensação de que não contamos com recursos para conseguir o que pretendemos, ou impedir o que tanto tememos.
O seguinte passo poderia ser a elaboração do ato de pensar de uma forma que não prejudique o elo da nossa história vital. Será que o mundo vai acabar se eu não conseguir o que tanto quero? É somente uma meta que me define?
De encontro com estas perguntas, a verdade é que, como já dissemos, os estados emocionais de valor negativo tendem a se manter utilizando comportamentos, pensamentos e, também, emoções. Assim, é comum que a autoestima acabe danificada, consequentemente também o psicológico e o físico.
Isso é algo que pode acabar afetando a nossa saúde ou as nossas relações interpessoais. Além disso, é muito provável que surja alguma doença ou que terminemos nos distanciando de pessoas que poderiam nos ajudar.
O que fazer para se conectar com a esperança?
Para voltar a se conectar com a esperança, é importante não seguir o caminho da autodestruição e tentar evitar as distorções nas avaliações que fizermos:
Aprenda a priorizar
Contar com uma boa escala de prioridades vai nos ajudar a aceitar o fracasso de forma saudável. Dessa forma, aquilo a que não damos muita importância não vai condicionar tanto o nosso emocional.
Assim, é provável que o erro ou a impossibilidade não gere frustração se fizermos um exercício de realidade e não distorcermos a importância do que, em um determinado momento, parece não estar ao nosso alcance.
Rodeie-se de positivismo
É importante alimentar emoções positivas para evitar a desesperança. Pode chover ou nevar, mas o contexto de um estado emocional positivo, a base da esperança, será muito mais resistente a inundações, falhas, impossibilidades ou fracassos.
Recupere o controle
Quando sentimos desesperança, a tentação de nos deixar levar pela sorte pode ser muito grande. A pergunta é clara: para que vamos nos esforçar tanto se vamos conseguir tão pouco? Assim, a sensação de não ter nada sob controle se traduz em inquietação.
Nestes momentos, é importante lembrar que, na verdade, continuamos possuindo o controle de boa parte do que acontece conosco.
No que se traduzem estes passos?
Apesar de serem elementos importantes, pode ser que não saibamos por onde começar a trabalhar. Estes são alguns exercícios simples e úteis que podem ajudar a se conectar com a esperança:
Lute conta a preguiça: por mais atrativa que pareça, a preguiça contribui para a frustração. Assim como nos sentimos bem quando sucumbimos a ela, nos sentimos culpados por ter feito isso.
Coloque seus objetivos no papel: ver por escrito aquilo que queremos cumprir vai nos dar motivação para continuar. Manter um diário ou escrever em uma agenda são outras formas de organizar nossa vida e, portanto, nossos pensamentos.
Conecte-se com a natureza: escapar para a natureza leva a uma desconexão do que é negativo.
Ouça músicas que passem positividade: a música nos afeta enormemente, por isso podemos usá-la como ferramenta de cura. Escolha algo que aumente seu ânimo.
Exercite-se e treine seu corpo: ao fazer isso, você também estará treinando sua mente e relaxando-a. Existem substâncias relacionadas com a felicidade (como a dopamina ou as endorfinas) que nosso corpo libera durante e depois do exercício. Essas substâncias vão ajudar a melhorar o nosso humor e vão melhorar a nossa autoestima.
Descanse: assim como a falta de exercício afeta negativamente nosso humor, o sono também o faz. Se descansarmos de forma inadequada, nossa mente e nosso corpo ficarão menos ágeis e mais indispostos no dia a dia.
Definitivamente, não se trata de mudar nossa personalidade, também não se trata de alcançar metas impossíveis. Trata-se de nos preocuparmos com a nossa saúde, física e mental, evitando a tentação de alimentar os estados negativos.
Por outro lado, pensemos que muitos deles são inevitáveis e fazem parte do caminho natural em direção a qualquer meta.
Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa