Cada coração sabe o que sente, e, sabendo o que sente, decide como interpretar

– Eu te amo, sempre.

– Até mais.

Pode ser um jeito de dizer que se ama mais ainda o outro. Pode ser uma maneira de se despedir por não amar de volta, cortar logo todos os laços para que não corra o perigo de haver nós. Muita gente teme o “nós”, sabe?! Por não ter paciência para lidar com os apertos e por não ter jeito para saber afrouxar quando a situação pede.

Mas, olha, de verdade, é melhor a despedida ser ríspida do que a permanência inventada. Digo “inventada” porque o que fica da pessoa quando ela não quer estar ali, mas não tem coragem de dizer, é apenas uma projeção dela. Entende?

“Eu te amo, sempre”. “Até mais”. Pode ser uma forma bonita de se responder a um “eu te amo”. Pode ser uma maneira dolorida de se ouvir um adeus. Cada coração sabe o que sente, e, sabendo o que sente, decide como interpretar.



LIVRO NOVO



Formada em Direito, apaixonada por livros, pessoas e céu cinzento. Escrevo porque gosto e quando quero. Inconstante, dramática, sonhadora. Vejo 100 onde há um. Vejo um onde há 100 vazios. Confiável, confiante, e que siga a vida! Adiante...sempre.

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