O que realmente importa na vida?

O que e ser bem sucedido pra você? E ter um duplex na beira-mar, uma mansão em Jurerê, uma carreira sólida, conhecer o mundo viajando, saber falar varias linguas, rodar o mundo num navio, ver os filhos encaminhados na vida… Agora de tudo que você pensou, fique apenas com as coisas que o dinheiro não pode comprar. Restou alguma coisa? Se sim, ótimo, vamos falar delas. Se não, que pena, sinto lhe informar que as coisas mais importantes da vida são aquelas que o dinheiro não é capaz de comprar. Sim, a sociedade de consumo nos faz acreditar o tempo todo que precisamos comprar, consumir, que precisamos ter muitas coisas. E tudo isso vira um ciclo insaciável e infindável, compramos, compramos, mas precisamos sempre mais, e assim, nunca estamos satisfeitos. E digo mais, não estamos satisfeitos, não estamos felizes e muito menos em paz. Quantas pessoas ao seu redor estão fazendo uso de anti-depressivos e ansiolíticos? Quantas pessoas ao seu redor estão abusando de álcool e outras drogas. Isso é sinal que estão bem? Que a vida está tranquila? Não, é sinal que a vida está tão insuportável que é preciso recorrer a fugas, a bengalas, a outras saídas. Afinal, o que realmente importa nessa vida? Pra mim, o que importa é estar em paz, é poder deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquila, é estabelecer relações de confiança com as pessoas, é ter as pessoas que eu amo por perto (mesmo que longe). Eduardo Marinho (falarei dele em outro momento) diz que o mais importa nessa vida são os afetos. Em um dos seus vídeos ele conta a seguinte história de um senhor que cruzou em seu caminho: “Durante toda a infância dos meus filhos eu passei trabalhando e gastando todo meu tempo pra ter dinheiro e poder pagar bons profissionais pra cuidar dos meus filhos. E de fato, eles tiveram uma ótima formação… Hoje estou com 84 anos de idade, e meus filhos também encontraram ótimos profissionais pra cuidar de mim. E ai que eu percebi que eu não estabeleci vínculos com meus filhos, ofereci a eles o que o dinheiro paga, mas não sentei no chão pra brincar com eles, não assisti suas apresentações no colégio, não contei histórias pra eles dormirem, enfim, não criamos vinculo. E o resultado está ai, neste fim da minha vida tudo que eu mais queria era contar com o amor, a atenção, o carinho dos meus filhos.” Tomara que a gente comece a entender que o que realmente importa é o sentir, o tocar, o abraçar, o ouvir, o se relacionar. Muito mais que ter, que comprar, que consumir, que precisar fugir.

Imagem de capa: sergey causelove, Shutterstock



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"Psicóloga de vez em sempre, organizada de vez em nunca. Escreve sobre coisas aleatórias e em momentos mais aleatórios ainda. Tem mania de observar tudo ao seu redor, mas tem opinião formada sobre bem poucas coisas. Aprendiz na arte de encerrar ciclos e de se abrir para novas experiências. Acredita em Deus e nas pessoas. Gosta muito do mar, de sol, da família, dos amigos. Corre, malha, faz trilha, come e bebe quando tem vontade. Sensível e durona, teimosa e manhosa: HUMANA.

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