Aprendi a não ter medo. A não temer o futuro e suas incertezas. A não temer o amor que ainda não chegou, o emprego que ainda não conquistei. As amizades perdidas e outras que virão. Os lugares que ainda não conheci. As palavras que ainda não disse.
Aprendi a não temer a solidão. A ser quem sou. A fazer o melhor, tentar o melhor, mas não sofrer demais se não acontecer como o esperado.
Aprendi a amar, mesmo sem ser correspondida. Afinal, não amar dói mais.
Aprendi a buscar, conhecer, ligar. Ficar por medo é o mesmo que nem tentar.
Aprendi a confiar, mas a avaliar. A não me jogar cegamente em relacionamentos, sejam profissionais, amorosos ou de amizade.
Aprendi que o tempo aumenta distâncias, mas não diminui sentimentos.
Aprendi que a vida dá o que você quer, mas não espera. É preciso correr atrás, batalhar. Aprendi que nem sempre o que queremos é o que precisamos, não naquele momento, pelo menos.
Aprendi que a despedida só é triste se a lembrança é boa. Se o momento vem embrulhado de saudade.
Aprendi que por mais que aprendamos, sempre há mais para aprender. O mundo e suas infinitas possibilidades estão aí para serem descobertos.
Aprendi que viver é arte, música, cinema, esporte, e tudo o mais que faça nossa alma vibrar. É sair de um dia de trabalho puxado e contemplar o pôr-do-sol.
Aprendi a morrer e renascer de novo, todos os dias um pouquinho. Morro por crenças limitantes, preconceitos, julgamentos e falta de empatia. Vivo novamente com uma percepção renovada de mim e da vida.
Aprendi que conhecimento sem emoção não tem graça.
Por fim, aprendi que a graça da vida é aprender.