Escolhas da vida

Às vezes amar alguém é fazer uma soma de escolhas que dizem respeito ao nosso bem-estar. Alguns podem chamar isso de egoísmo, outros de amor-próprio. Mas, amar alguém significa reconhecer no parceiro suas próprias fortalezas, e muitas vezes, fazer com que novas forças surjam por meio das limitações de quem está conosco.

O que nos alimenta na pessoa que diz nos amar?

O que existe na pessoa que amamos e que é capaz de nos fazer abrir mão do que sempre desejamos?

Construímos nossas crenças, absorvemos tantas outras como se elas fossem nossas, e talvez, nunca foram ou serão um dia. E, de repente, estamos diante de um outro que faz tudo isso cair por terra.

É nesse momento que as dúvidas nascem: do que estamos dispostos a abrir mão para viver uma história a dois? Qual preço teremos que pagar para deixar pelo caminho um desejo que, em determinado momento, perdeu a relevância diante da companhia de quem amamos?

Definitivamente: é a completude individual que nos sustenta. Se eu precisar ter um carro para ser feliz, se eu precisar de um companheiro, se eu precisar de uma casa na praia, se eu precisar de qualquer coisa que seja externa a mim para me sentir bem, muito provavelmente, tudo que eu tiver que abrir mão para estar com outro vai pesar mais adiante.

Mas, quem é a pessoa que você é, independente das tempestades? É exatamente esta pessoa que lhe acompanhará até o final da jornada: você com você mesmo, você com as escolhas que fez, você se sentindo em paz, mas nem sempre feliz, acima de qualquer cenário.



LIVRO NOVO



Cris Mendonça é uma jornalista mineira que escreve há 14 anos na internet. Seus textos falam sobre afeto, comportamento e Literatura de uma forma gostosa, como quem ganha abraço de vó! Cris é também autora do livro de crônicas "Mineiros não dizem eu te amo".

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui