Tenho dificuldade em dizer “eu te amo”. Talvez venha da minha criação. Não tive pai presente, mas tenho duas mães maravilhosas que me cuidam como se eu fosse a joia mais preciosa do mundo. Minha mãe sempre foi muito próxima. Às vezes esqueço que ela é minha mãe e a vejo como amiga. Minha mãe é do tipo de pessoa que a gente senta para tomar uma breja e joga umas partidas de uno numa boa. Não tenho vergonha de falar besteira perto dela, e nem ela tem vergonha de falar besteira perto de mim. A gente fala sobre tudo.
Sinto-me amada por ela quando, em sua pausa para almoço, me liga para saber se está tudo bem ou quando vai ao supermercado e compra aquele pão de coco queimado que amo.
Já minha vó demonstra o seu amor do jeitinho dela. Quando sai, costuma trazer doces, ou, quando está casa, faz aquela macarronada gostosa e sua bela salada de maionese porque sabe que amo.
É muito fácil dizer “eu te amo”. Difícil é deixar que as atitudes gritem por você.
Como não tenho o costume de dizer isso para as pessoas que amo, demonstro os meus sentimentos por meio de atitudes também. Do “me avisa quando chegar em casa” até o “me dá um abraço gostoso”, demostro para as pessoas queridas o quanto elas são especiais para mim.
Algumas pessoas dizem que atitudes como essas são frias. Já outras, acham que a melhor maneira de demostrar amor é por meio de pequenos gestos. Sinceramente, isso não me faz amar menos. Apenas tenho meu jeitinho único de expressar amor.
O importante é deixar as pessoas cientes do quanto são especiais. Seja por meio de palavras ou atitudes, um gesto de afeto é gratuito e faz um bem danado para a alma.