7 coisas que pessoas fazem para parecerem mais “espiritualizadas” do que são

Você já ouviu alguém dizer que é um “tipo espiritual de pessoa”?

Ou que acredita em “energia” e “vibrações superiores”?

Sim, graças à popularidade da atenção plena e da psicologia positiva, a espiritualidade explodiu no mundo ocidental.

Mas essas pessoas são realmente mais esclarecidas do que o resto de nós? Não exatamente.

Aqui está o porquê:

1) Elas se envolvem em práticas “espirituais” para se sentirem superior a você

Sim, a motivação por trás da meditação e do yoga não é paz interior. É para se sentir melhor do que você.

Nem todos os que meditam são assim, mas é incrivelmente fácil isso se tornar uma experiência satisfatória para o ego – acreditar que você é simplesmente mais sábio e espiritual porque você se envolve no que é considerado uma atividade espiritual.

Este tipo de pensamento restringe a espiritualidade autêntica porque você acaba confiando mais no ego e menos em se conectar com você e com os outros.

2) Elas julgam quem expressa emoções negativas, como raiva

Elas acreditam que emoções como raiva e ansiedade são “vibração mais baixa” e inferiorizam quem as tem.

A verdade é que a raiva e a ansiedade são emoções humanas naturais e são uma resposta útil a muitas circunstâncias diferentes.

Podem ser um indicador útil de que algo precisa ser alterado em você mesmo ou em seus relacionamentos.

Então, o que acontece?

Acreditando que elas têm que permanecer positivas 24/7, estas pessoas acabam reprimindo emoções negativas e ficando menos conectados com quem elas realmente são.

3) Adotam novos passatempos simplesmente porque são a nova “moda espiritual”

É a natureza humana querer se encaixar. Todos nós precisamos sentir que pertencemos a algum grupo.

E para muitas pessoas, a espiritualidade é simplesmente uma coisa legal a que elas querem pertencer. É por isso que imediatamente se envolvem em ioga, meditação, festivais de música etc.

No entanto, se você está apenas fazendo isso para se encaixar ou ser legal, você está se negando a uma chance de participar de experiências espirituais autênticas.

4) Elas usam “espiritualidade” para justificar o uso excessivo de drogas

Não é segredo que drogas psicodélicas possam, na ocasião, levar a uma maior espiritualidade.

Embora isso seja ótimo, algumas pessoas usam essa desculpa para racionalizar o uso constante de drogas.

No entanto, o vício dessas substâncias é simplesmente outro apego. E, como qualquer vício, certamente há efeitos colaterais negativos.

5) Elas acreditam que a positividade irá resolver os problemas do mundo

Ok, talvez não TODOS os problemas do mundo, mas esse tipo de pessoas usa a frase “apenas seja positivo” com muita frequência.

O movimento de positividade é extremamente popular nos dias de hoje. Embora existam benefícios para ser positivo, os aspectos mais difíceis e duradouros da vida ainda estarão lá no final do dia.

Na verdade, ao negar as emoções negativas, você se torna menos consciente de si mesmo e dos outros.

A verdadeira espiritualidade significa abraçar TODAS as suas emoções e tornar-se mais consciente de si mesmo e dos outros.

6) Elas se sentem auto-detestados quando confrontam os aspectos negativos de si mesmas

Por se envolverem em práticas espirituais que deixam um sentimento de superioridade, torna-se difícil aceitar falhas.

E é compreensível. Na espiritualidade, as pessoas que você deve idolatrar são gurus como o Buda ou o Dalai Lama, que aparecem como se fossem seres humanos perfeitos.

Então, quando você comete erros ou tem fraquezas, você sente que não é “bom o suficiente”.

Mas ninguém é perfeito, nem mesmo esses gurus espirituais. Todos somos humanos e todos cometemos erros.

Um comportamento mais gratificante e satisfatório é aceitar esses erros e aprender com eles.

7) Elas querem que as práticas espirituais sejam corretas, de modo que ignoram a ciência inteiramente

Há uma grande tendência anti-ciência na comunidade espiritual. Por quê? Porque muitas das práticas consideradas valiosas na espiritualidade são tratadas como pseudociências dentro da comunidade científica.

Isso não significa que não haja valor para essas práticas. É só que a validade não tenha sido encontrada em experiências científicas.

O método científico é uma ótima ferramenta para entender o mundo que nos rodeia e permitiu a nossa sociedade progredir de maneiras surpreendentes.

E de qualquer maneira, como Carl Sagan disse há anos, a ciência é realmente uma fonte profunda de espiritualidade:

“A ciência não é apenas compatível com a espiritualidade; é uma fonte profunda de espiritualidade. Quando reconhecemos nosso lugar em uma imensidade de anos-luz e na passagem dos tempos, quando percebemos a complexidade, a beleza e a sutileza da vida, então esse sentimento crescente, essa sensação de exaltação e humildade combinada, é certamente espiritual. Assim como nossas emoções na presença de ótima arte, música ou literatura, ou de atos de coragem altruísta exemplar como os de Gandhi ou Martin Luther King Jr. A noção de que a ciência e a espiritualidade são, de algum modo, mutuamente exclusivas, faz um desserviço para ambos.”

Fonte: The Power Of Ideas

Imagem de capa: Jozef Klopacka/shutterstock



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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