Uma pessoa emocionalmente doente precisa de esperança

Uma pessoa emocionalmente doente não é capaz de sair de seu buraco de negatividade, então devemos chegar até ela para que saiba que pode contar conosco para ajudá-la.

Uma pessoa emocionalmente doente pode sofrer de depressão, ansiedade, ou estar em um luto interior do qual não consegue sair. Ela não está bem e a desesperança já faz parte do seu dia a dia.

Portanto, nosso dever é fornecer-lhe a maior esperança possível.

Quando estamos mal, parece que nunca vamos deixar esse estado. Nós reclamamos, nos sentimos vítimas das circunstâncias e esperamos ou rezamos para que tudo passe e volte a ser como antes. No entanto, em questões emocionais, não é assim tão fácil.

A impossibilidade de ver mais além

Quando uma pessoa está emocionalmente afetada, descobre que suas emoções fazem todo o possível para fazê-la desmoronar. Isso acontece porque as emoções que consideramos negativas tomam os primeiros lugares e não deixam espaço para as positivas.

– É por isso que, não importa o quanto digamos a uma pessoa emocionalmente doente que as coisas vão melhorar, ou que isso é apenas uma fase, não ajudará.

– Ela será incapaz de ver além de sua própria dor. Porque, além disso, a dor emocional é muito pior do que a dor física.

A dor emocional tira seu desejo, sua motivação e, às vezes, até mesmo sua própria autoestima. Você pode se fechar, se isolar e ficar longe dos outros.

As emoções negativas acabam “cobrindo” você de tal forma que não parece haver nenhuma luz no fim do túnel.

No entanto, as emoções negativas não são as únicas que podem derrubá-lo: as pessoas ao seu redor, mesmo que não tenham a intenção, também podem fazer isso. Infelizmente, a sociedade nos educou para rejeitar o bem e abraçar o mal.

Aprofundemos mais esse assunto.

Uma pessoa emocionalmente doente não precisa de compaixão

A sociedade em que vivemos nos ensinou a rejeitar qualquer um que diga “tudo está indo maravilhosamente bem”, considerando-o um metido. No entanto, aceitamos de bom grado quem nos diz “Não estou indo muito bem”, “tudo está na mesma” ou “poderia estar melhor”.

– A razão pela qual aceitamos melhor aqueles que nos dizem que as coisas não estão indo bem é porque, assim, não nos sentiremos mal.

– Podemos então sentir compaixão e piedade pela outra pessoa, para que possamos dizer “Para mim as coisas não estão tão mal”. Estamos nos comparando…

No entanto, o que uma pessoa emocionalmente doente menos precisa é compaixão ou piedade. Ela precisa de esperança. Mas, na verdade, só ouve frases como “você vai ver que tudo vai melhorar” ou “parece que esta é uma doença que afeta muitas pessoas hoje em dia”.

Onde está aquela mão amiga que segura forte e não larga? Em que ponto as pessoas esqueceram de ouvir os outros para ouvir apenas a si mesmos? Por que não rir, fazer brincadeiras e tentar animar essa pessoa? Por que sentir pena?

Tudo isso só agravará sua dor…

Como ajudar uma pessoa emocionalmente doente

A melhor maneira de ajudar uma pessoa emocionalmente doente é ouvindo o que ela tem a dizer. Não precisamos dizer-lhe nenhuma das frases já mencionadas que irão interromper seu discurso.

Deixe-a respirar, apenas esteja ao seu lado, acompanhando e ouvindo.

Nunca se irrite ou perca a paciência. Às vezes, quando alguém sofre de depressão, não entendemos seus altos e baixos emocionais e tendemos a entrar em discussões ou apontar culpas que só vão piorar a situação.

Embora possa parecer que uma pessoa emocionalmente doente queira perturbar, um “como você está hoje?” Ou “você precisa de alguma coisa?” será muito bem-vindo, mas a resposta é sempre “não”.

Isso permitirá que a pessoa saiba que você está ao seu lado, que ela não está sozinha e que você se preocupa com ela.
Uma pessoa emocionalmente doente deve passar por essa situação sozinha. Embora possamos estar ao seu lado, não é nossa responsabilidade ficar com parte de sua dor para resolvê-la. Nós temos que entender e fazer com que ela se sinta apoiada.

Estas são algumas maneiras de lhe dar esperança. Formas sutis, com as quais parece que não fazemos nada, mas, na realidade, estamos fazendo muito.

Fonte indicada: Melhor Com Saúde

Imagem de capa: Lolostock, Shutterstock



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Blog oficial da escritora Fabíola Simões que, em 2015, publicou seu primeiro livro: "A Soma de todos Afetos".

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