Pessoas machucadas, assustadas, corações partidos e desilusões seguidas de desilusões, por que insistimos em procurar no outro, ou em outros, aquilo que falta em nós?
Criamos expectativas que jamais serão superadas porque elas refletem não o que gostaríamos de encontrar em alguém, mas sim o que gostaríamos de ser. Parece confuso e contraditório, não é? Mas nossos medos, traumas e inseguranças estão enraizados nesse vazio que suga nossa alma, e cria uma falsa sensação de que alguém, em algum lugar, poderá preencher esse vazio e fazer por nós o que nem nós mesmos fomos capazes de fazer; que é nos amar e respeitar antes de esperar isso de qualquer outra pessoa.
Porque ninguém tem o poder de fazer o outro feliz.
Você pode fazer alguém sorrir, você pode fazer alguém se sentir bem mas, fazer alguém feliz, é algo que está fora do nosso controle.
Ser feliz é uma responsabilidade de cada um. É o velho ditado que diz, se você não é feliz sozinho, não será feliz com outra pessoa também. É um ensinamento absolutamente verdadeiro.
Quando entramos em um relacionamento, principalmente em um casamento, temos a falsa impressão de que nos tornaremos um só. Mas a verdade é que estamos todos em uma jornada única e individual e, quando nos relacionamos, somos duas pessoas em jornadas completamente diferentes, mas que decidiram estar juntas. Então, como fazer isso funcionar?
O primeiro passo é entender que temos responsabilidade de sermos inteiros e completos sozinhos.
Todos, sem exceção, terão suas faltas, seus próprios vazios, seus próprios medos e suas expectativas. Então, quem sabe, se finalmente entendêssemos que somos os únicos capazes de nos fazermos felizes, poderemos sim encontrar alguém com quem compartilhar nossa felicidade, nossa paz e nosso amor.
Nossa meta deve ser encontrar alguém que transborde junto com a gente, alguém que se conheça, que se ame e que se respeite ao ponto de não poder nos oferecer nada que não seja a mais sublime e pura forma de amor.
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