Não sei onde você viu que mereço um tratamento diferenciado. Não estou presente em nenhum cardápio de amores do dia. Estou de bem com a vida e é disso que preciso. O resto vai se ajeitando e, caso alguém apareça, decidiremos juntos se os santos batem para um relacionamento.
Estou na fase de ser a minha própria escolha e única prioridade. Não estou desistindo de encontrar um amor, mas não faço questão dele ser a coisa mais importante no momento. Ando redescobrindo essências e me abrindo para novos ciclos. Quero a leveza e a liberdade de seguir em frente sem ter que me preocupar com quem ficou para trás. Aceitei que, daqui por diante, o foco é conseguir o máximo de amor próprio que puder.
Cheguei na época de transbordar disposição junto da vida. De traçar rotas, planejar passos e realizar sonhos. Dos pequenos aos maiores, agora é comigo. Tive uma conversa séria com o meu eu esses dias e combinamos de sintonizarmos os nossos quereres. Espaços em branco apenas para quem souber respeitar o meu agora. Expectativas desnecessárias, dispenso. Não tenho interesse em promessas, posso fazer isso por mim em qualquer instante.
Hoje, finalmente entendo o apreço de algumas pessoas pela solidão. Mas da solidão que desperta autoconhecimento, e não fuga. É esse tipo de não ter companhia que venho reconhecendo passar.
Sou da vida e estou bem com isso. Não estou obrigando ninguém a me seguir ou coisa parecida. Cada um com a sua opção e prioridade. O que acontece aqui é algo mais. Misturei quem já sou com quem posso ser. O resultado, pertenço-me. É um baita amor para alguém cobrir.
Imagem de capa: Mark Nazh, Shutterstock