Sim, todos nós sentimos algo em relação a alguém, isso é fato. Homens, mulheres, crianças e até os animais têm o seu próprio estado natural do “sentir.” Sentimos algumas alegrias e outras vezes tristezas, mas todos nós sentimos. O que me faz voltar ao título que descreve esta crônica. Nós homens, temos uma maneira singular de sentir as coisas. Eu sei que não demostramos tanto quanto as mulheres, mas possuímos uma grande afeição dentro de nossos corações. Somos menos delicados? Talvez. Mas isso não tira a leveza da alma desse sentir. Temos nosso instinto protetor, mas não de alguém que queira mostrar superioridade. É justamente o oposto. Nossa intenção é pura e única de abrigar sentimentos puros e únicos.
Veja bem, eu não me refiro aos homens sentirem algo mais forte ou mais intenso do que as mulheres. Volto a lhes dizer que todos nós sentimos, mas de maneiras completamente diferentes. Ninguém sabe o que se passa dentro do coração de cada um. Apenas você pode dizer e sentir o que existe dentro de você. Minha intenção é de lhes mostrar que nós sentimos tanto quanto qualquer outro ser. Também não falo de sermos frios ou vazios, pois este assunto não está em pauta. Falo desse sentir misterioso e tão gostoso de sentir que cada um interpreta de uma forma singular. Não se engane, seu pai sente. Seu irmão sente. Seu avô, que até hoje está ao lado de tua avó, também sente.
Talvez um dia mais pessoas saberão a suma importância de demonstrar os sentimentos mas, preste atenção, elas também sentem mesmo não demostrando. Por mais frio que alguém pareça por fora, por dentro daquele pequeno pedaço de matéria em meio à imensidão do universo…existe amor. Meu avô costumava me dizer que os momentos mais importantes da vida não são os que roubam o seu tempo, mas os que tiram o teu fôlego. Por isso, quando algum rapaz não te disser eu te amo ou se declarar com palavras bonitas, entenda – de antemão, no que ele costuma dizer com os olhos. Pois um olhar apaixonado, daqueles que namoram as retinas demoradamente – olhares como esse não se pode fingir.
Homens também sentem é uma crônica inspirada na obra de M. Jacob – “Homem que sente.”
Imagem de capa: suttiat boonchuen, Shutterstock