Sobre 2017, foi nesse ano que, finalmente, entendi aquela frase tão enigmática e que eu sempre encarei como utopia: ” a felicidade vem de dentro da gente, não a busque fora”. Essa frase me irritava, para ser sincera. Isso porque eu entendia e fui ensinada a vincular a felicidade ao fato de ter alguém comigo (namorado/marido). Então, vivi até 2016 acreditando que toda felicidade tinha que, necessariamente, estar atrelada aos relacionamentos afetivos.
Eis que, em 2017, tudo se fez novo. Finalmente, entrei em contato com o meu tesouro interno. Pude perceber e viver, de forma intensa, uma felicidade que vem de dentro de mim. Eu vivo um amor, aliás, uma paixão. Essa paixão é para o resto da vida, é para sempre. É amor verdadeiro, recíproco e visceral. Estou falando do meu caso de amor com a escrita. Estou falando sobre escrever e alcançar vidas. Escrever e atrair pessoas incríveis para perto de mim. É sobre escrever e falar aos corações despedaçados por aí. É sobre escrever e ouvir de alguém: “meu Deus, é isso que eu sinto e não sabia expressar”. É sobre escrever e criar laços que enfeitam a minha vida. É sobre escrever e experimentar a sensação de ter me encontrado na vida. É sobre escrever e viver a minha missão nessa terra. É sobre escrever e me libertar de três medicamentos controlados prescritos para tratamento de depressão.
Em 2017, não foi possível sentir tristeza, pois eu passei, quase o tempo todo, mergulhada na minha paixão, que é escrever. Tudo o que surgiu, de bom ou ruim, eu transformei em textos, dessa forma, os sentimentos negativos não se alojaram dentro de mim. Eu os dissolvia, no teclado ou na caneta. É que, não há espaço para frustração dentro de uma alma apaixonada.
Produzi, neste ano, 204 textos. Todos feitos com a alma. Minhas mãos apenas os digitaram. Alguns, fiz aos prantos, outros, fiz sorrindo. Alguns, foram desabafos meus; outros, inspirados em desabafos de pessoas quem me confiaram a partilha das suas dores, dos seus constrangimentos… dos seus sagrados. Eu não me lembro de ter me sentido tão plena. Eu não conhecia esse contentamento. E, minha alma grita eufórica ao se dar conta de que poderei escrever enquanto tiver vida e lucidez. Sou tão abençoada que meu dom não depende de vigor físico para ser exercido.
Em suma, aprendi a ser feliz com o que carrego na alma. Eu não sinto mais aquele vazio que sentia antes, quando eu vivia buscando minha felicidade nos outros. Era uma busca que atraía pessoas que não tinham nada para me ofertar e, que, para piorar, ainda apagava o pouco de brilho que me restava. Sigo, acreditando no amor. Contudo, nunca mais entrarei num relacionamento esperando que essa pessoa me faça feliz. Obviamente, fiquei mais exigente também. Nunca mais vou aceitar migalhas de ninguém.
Para finalizar, agradeço à cada vida que cruzou o meu caminho em 2017 e que me acrescentou algo de positivo. Agradeço a cada pessoa que leu os meus textos, que curtiu e que compartilhou. Agradeço a cada um que procurou por mim, através dos meus textos em outros sites e passou a me seguir. Obrigada a quem está me apoiando na minha página Portal Resiliência. Obrigada a quem me incentiva e torce por mim. Obrigada por cada manifestação de carinho que recebi nesse ano incrível.
Desejo à cada um, em 2018, todo o amor que houver nessa vida. Desejo paz, prosperidade, saúde e amigos. Desejo a convicção de que tudo é possível se você estiver, de fato, motivado. Que Deus nos abençoe e nos ilumine.
OBRIGADA,2017!
SEJA BEM VINDO, 2018!
Imagem de capa: eldar nurkovic/shutterstock
Lindo texto!
Assim que me sinto, porém minha paixão é a pintura em tela.
Mas você tem toda a razão. Este ano foi o divisor de águas a respeito de meis sentimentos, especialmente se tratando do amor próprio.
Feliz ano novo!
Parabéns pelo texto!