Cada mergulho interno é importante e cada um deles nos traz uma clareza maior, alarga nossa visão, aumenta nossa conexão. Cada ato, cada passo, cada atitude e pensamento. O olhar pra dentro é que nos ajuda na jornada do crescimento, que não cessa, que é constante.
A respiração nos mostra a cadência do ritmo que estamos vivendo, se o grau maior é de lamento ou gratidão, temos sempre essa escolha em nossas mãos. A necessidade da quietude para respirar, é o que nos ajuda a conectar.
O mais importante é essa investigação, sem medo, sem julgamentos. Olhar devagar, acolher mesmo o que não for bonito, mesmo o que não nos causa riso. O cuidado nesse mergulho e a aceitação de cada detalhe é o que nos dá a capacidade de transformação, que não pode acontecer sem a nossa vontade, coragem e constante escolha.
Em cada respiração, se ver diante de cada atitude tomada no dia: o que me moveu, era meu espírito ou o ego? Era o amor ou o medo?
A gente sempre pode mudar, a gente sempre pode inverter, escolher de novo, reescrever.
A vida não é o mundo lá fora. Não é o que fazemos ou deixamos de fazer, mas o que está pulsando em nosso íntimo ao realizar o que quer que seja.
Você faz e acontece, você faz e aparece. Mas, o que você tem feito sem esperar nada em troca? Você se conecta ao amor e transborda?
O que você quer que as pessoas enxerguem em você, e para isso começa a pintar uma imagem forjada, forçada, pisando em cima da sua própria essência? Deixa pulsar, seja transparência.
Não se julgue, não se culpe. Se investigue. Isso é praticar o famoso autoconhecimento. É alargar os horizontes de si mesmo. É se abrir para a real mudança, primeiro dentro de si e depois esse reflexo corre para o seu mundo externo. O contrário não acontece, não adianta insistir, é de dentro para fora que a vida pode fluir.
A humildade nos passos, diante de cada ato nos eleva a energia, nos reconecta ao amor. Quebra a separatividade, nos une de verdade. Somos instrumentos de um propósito Maior, que vai além de nós. Somos mais fortes quando caminhamos de mãos dadas com nossa essência e com nossos irmãos de caminhada. Portanto, esses mergulhos renovam nossa alma, arejam os cômodos internos, refrescando assim nossos pensamentos e sentires, constatando enfim que nessa caminhada somos eternos aprendizes.
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