Ainda que me falte sono, terei sonhos

A escada dos nossos sonhos é composta basicamente por nuvens, onde só os mais determinados conseguem subir e só os mais leves são capazes de se sustentar. Por isso, dos obstáculos que encontro, tiro sempre as melhores lições, e nenhum deles me impedem de seguir o caminho que traço – rumo às minhas mais bonitas ambições.

Meus mais extraordinários devaneios se agrupam diariamente, formando meus filmes noturnos – ou diários de bordo diurnos – dos quais costumo ser protagonista. Dentre eles estão as mais fantasiosas aventuras, as mais belas e suspirantes histórias de amor, os mais intrigantes dramas, as mais hilárias comédias e por vezes – infelizmente – os mais horripilantes roteiros de terror. O sonho é um acontecimento tão único que não possui sequer um sinônimo literal, pois nenhuma outra palavra se atreve a definí-lo.

Tenho uma coleção de estrelas cadentes, guardo meus desejos sempre junto ao peito e, se hoje traio o travesseiro sonhando acordado, é que venho dormindo pouco para o que tenho sonhado. Procuro, portanto – em tempo integral – ser o todo que há, entre o ato mágico de dormir e o instante – muitas vezes trágico – de acordar.

Com os olhos cravados no horizonte, sigo em busca de respostas para a vida, procurando plantar o bem em troca de uma colheita florida. E por fim, ainda que nada aconteça, terei conseguido sonhar até o último segundo vivido.

Imagem de capa: Batkova Elena, Shutterstock



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Fellipo Rocha é poeterapeuta, músico e idealizador da página Corpoesia. Além disso, escreve pelos sorrisos que perde, todas as vezes em que não sai de casa.

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